terça-feira, 24 de maio de 2011

Ooooopa!
                Vortei!! Estou meio devagar com o blog. Estou tentando organizar as coisas, estabelecer uma rotina e tal. Mas é complicado. Muita coisa pra fazer, na cabeça! E tenho que engordar o mais rápido possível. Assim, eu estou bem, me sinto bem disposto, até mais forte do que quando cheguei dos EUA. Mas estou muito magro. Essa última internação foi complicada. Eu estava me recuperando bem, mas fiquei quase um mês deitado na cama, praticamente sem me levantar. Mas estou bem! Só tenho ficado mais quieto, ultimamente. Estou tentando respeitar mais o ritmo, o tempo do meu corpo. E no dia 14 tive que voltar para Indianapolis. Pois é! Não, não foi nenhum problema de saúde. Na verdade, foi sim, mas não com a minha saúde. Essa viagem foi devido a um problema no sistema de saúde do Brasil.
                É o seguinte. Tem dois remédios essenciais ao meu tratamentos, além de um terceiro bem importante. E apesar de estarem prestes a iniciar esse programa de transplantes aqui no Brasil, esses medicamentos não estão disponíveis no país. Isso mesmo, aqui não tem! O Valcyte, que é um imunosupressor, caso você consiga comprar aqui, não sai por menos de 10 mil reais por mês. Meu tratamento ainda exige mais quatro meses dessa medicação. E o governo não banca. Alega que possui um similar. Mas meu médico diz que não funciona para casos de transplante multivisceral. Engraçado, né! Quem estabelece essas “permissões”? Deve ser esses políticos indicados por politicagem, sem terem qualquer intimidade sobre o assunto da pasta que assumem. Os outros dois remédios, também importantes, são o Cytogam e Pentomidine. Tomo doses mensais de ambos. O Cytogam ainda não obteve autorização da Anvisa e também tem um similar. Já o Pentomidine simplesmente não existe aqui. Vai entender!
                Pra mim isso é muita incoerência. Como que pode ser autorizado e, pior, comemorado como avanço da medicina brasileira, o início do programa de transplantes de intestino/multivisceral se, ao mesmo tempo, não estão disponíveis remédios essenciais para o tratamento pós-cirúrgico? Não basta uma cirurgia bem sucedida. O processo que vem depois é, talvez, um desafio ainda maior. Sem os recursos necessários, os médicos não podem fazer milagre! Seria um trabalho pela metade. Por melhor que fosse o trabalho na mesa de cirurgia, não seria possível controlar integralmente possíveis infecções e rejeições. O intestino é o órgão que apresenta os maiores riscos de rejeição. Isso é um fator muito importante para o sucesso do programa. Inclusive, demandou muita pesquisa a “descoberta” desses medicamentos. O Prograf, que é o pricipal imunosupressor, é distribuído gratuitamente pelo governo. Mas, até que se complete um ano da data da cirurgia, existem muitos outros remédios importantíssimos para o tratamento.
                Enfim, voltando ao meu caso. Ainda bem, muita sorte minha mesmo, que eu tenho os recursos necessários para ir atrás desses remédios. Por conta própria, já que não havia nada que pudesse ser feito pelos médicos daqui. Considerando que, só com o Valcyte, eu gastaria 40 mil reais, valeria mais a pena comprar passagens e ir para Indianapolis. Lá eu tentaria pegar os remédios pelo pacote que eu havia pago no começo do tratamento, sem custo adicional. Isso se não tivessem já encerrado o contrato quando voltei pro Brasil. Mas eu tinha que ir pra lá de qualquer jeito, já que fazia mais de um mês da última dose que eu tomei do Cytogam e do Pentomidine. E eu tinha que tomar todo mês, sem falta.
Então eu fui, dessa vez com meu irmão Daniel. E deu tudo certo. Fomos no dia 14/05 e voltamos dia 20/05. Conseguimos todos os remédios pelo pacote, sem custo adicional. Ainda vi o Rodrigo, meu médico. Ele falou que estou bem, só preciso engordar. Realmente, acho que nunca fiquei tão magro. E lá nos EUA é ruim pra comer. Mesmo indo em restaurantes legais, eu sinto falta do rango aqui de casa, da minha véinha! E quando eu fico muito magro, fico com aquela infecção ao contrário, sabe? O lance de os órgãos me rejeitarem. O bom é que o Rodrigo já viu e me deu um remédio ninja, meu! É um que acabou de ser lançado e tal, chama Amevive. Legal esse nome, né?
É isso, deu tudo certo. Tirando as horas de avião, foi legal a viagem! Entrar naquele hospital foi estranho, uma sensação diferente por eu estar já me recuperando bem, sem precisar de nenhum cuidado de terceiros, muito menos dos médicos e enfermeiras. E mesmo com o cabelo bem curto, me reconheceram lá. Achei maior legal! Encontrei um monte de gente, todos felizes em me ver. Dei uma passeada pelo hospital. Fui até a sala onde passei muitos dias tomando remédios. Vi a cama onde eu esperei pela hora do transplante. Foi uma bagunça de sensações! Foi como uma visita a cidade onde você morou em alguma fase marcante da sua vida, sabe? E eu não esperava voltar lá tão cedo. Fazia um mês e meio que eu havia voltado, só. E todo mundo perguntava da minha mãe, querendo saber como ela estava, mandando beijos e tal. A santinha tem muitos fãs por lá!
E eu, como não sou trouxa nem nada, aproveitei pra comprar uma tv! Meu, paguei um terço do preço de uma igual aqui no Brasil! Animal! Ah, e comprei uma camisa da seleção por 19 doleta! É meu! E a do México custava 70, acredita?! Tudo bem que lá tem uma porrada de mexicanos, mas...  Pra ver como a seleção está com moral lá fora! Pensei em falar pro dono da loja comercializar a do Coringão! Com o disitintivo do Sport Club Corinthians Paulista, o mais bonito do mundo, dava pra cobrar 150 dólares que acabava na hora! Os gringos iam ficar loucos! heheh
É isso aí, até mais! Beijão pra todo mundo!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Faaaaala,

                Eu estava procurando esse vídeo faz tempo. O Dú que gravou, pelo skype! Eu estava falando o que ele deveria escrever no blog. Olha isso!

Beijo pra todo mundo!