terça-feira, 30 de novembro de 2010

Faaaaala!
                Então, tava olhando meus posts antigos... aí fiquei pensando em como eu sou bem criativo né, por exemplo, tenho várias formas de começar os textos... tem o “faaaaala”, o “oooooopa”, e o.... o “faaaaaaala”... enfim, gosto de variar bastante nas minhas saudações iniciais, pra demonstrar toda minha criatividade! Hehehe
                Hoje acordamos cedinho pra ir ao hospital... dia de consulta. Aí tirei sangue, falei com os médicos e fui tomar o Cytogam, aquele remédio que eu tomo uma vez por semana. Acabamos ficando até umas 16h lá. Os médicos falaram que estava tudo perfeito, tudo certo e tal. O único lance que eles ficam sempre mais em cima é o nível de Prograf (imunosupressor) no meu sangue. Se está muito alto eles baixam a dose do remédio, se está baixo, a dose aumenta... simples. Dessa vez o nível estava mais alto, aí baixou um pouco a dose. Por isso, eu volto lá na 5ª. feira só pra fazer um exame de sangue, mas nem tenho que ficar pra falar com os médicos, tiro o sangue e volto pra casa. Se tiver que mudar a dose eles me ligam ou mandam e-mail  avisando. Mas saí animado do hospital. É, porque no começo, eu tinha consultas duas vezes por semana. Dessas de perder o dia lá. Hoje, a coordenadora marcou a próxima consulta só pra daqui duas semanas. Isso quer dizer que eu não estou mais precisando de “cuidados” tão constantes. Animal, né!
                Todos os médicos que aparecem querem, antes de qualquer coisa, ver minha barriga. E todos eles falaram que a cicatriz está ótima e tal. Inclusive, um deles disse que durante dois anos a cicatriz iria continuar melhorando, ficando cada vez menos aparente. Achei legal, porque quando tirou os pontos a cicatriz estava horrível. Um lance quase preto, de tão escuro. Agora ela já deu uma boa melhorada, está mais pro vermelho. É, porque eu não me importo com o tamanho, até porque ela é gigante... mas só quero que ela fique mais clarinha, igual às outras cicatrizes da minha coleção! Heheheh
                E olha essa enfermeira de hoje, que sem noção. Eu fui tomar o Cytogam em um lugar onde ficam um monte de camas separadas por cortinas. E veio essa enfermeira me atender. Fazia quase um mês que eu não a encontrava. Aí ela perguntou quando que era minha próxima consulta, e eu disse, todo feliz, que seria só dali a duas semanas. E ela vira e fala “mas como assim eles falaram pra você voltar só em daqui duas semanas!?” E eu perguntei o porque de ela dizer isso, e ela “é, porque você está sempre tendo tantos altos e baixos e tal”. Meu, pode um negócio desse? Os médicos me examinam, vêem que estou bem, demonstram uma tranqüilidade pra eu ficar mais a vontade e otimista, e vem uma enfermeira imbecil falar que eles estavam errados, que eu precisava de mais cuidados, querendo dizer que eu estava mal. De onde a mané tirou isso, eu não sei. Mas como que ela fala assim com um paciente! Se você for pensar ainda que vários transplantados ficam meio depressivos, com medo de morrer e tal. Imagina, aí o médico fala isso pra animar o paciente, estimular seu empenho em uma recuperação, e a sem noção vai e fala uma dessa, praticamente dizendo “é, você está mal, os médicos estão errados!” Meu, juro que até agora não entendi de onde ela tirou isso “você está tendo altos e baixos!” Faz tempo que não fico mais mal. Sério, fiquei com muita raiva dessa mulher. Devia falar isso pros médicos, porque além de tudo ela pôs em dúvida uma decisão deles, né! Ah, bom, mas sussa... ainda bem que eu não sou um paciente em depressão! Estou sim é muito otimista. Ainda falta muito pra ficar zerado, mas sinto que estou no caminho... e os médicos também.
                Inclusive, já dei uma baita caminhada hoje. Fomos do hospital até o Taco Bell a pé! São uns quatro quarteirões. E depois voltamos a pé pro hospital, porque não tinha telefone por lá e precisávamos ligar pra van nos buscar.
                Então beleza, um beijo pra todo mundo aí!

sábado, 27 de novembro de 2010

Ooooopa!
                Então, hoje decidimos sair de casa um pouco. Desde que eu saí do hospital, não saí de casa... a não ser pra voltar ao hospital! heheh. É que esse frio não é muito convidativo... Bom, com o lance do shuttle, que não nos deixa com tantas opções de lugares pra ir, acabamos no shopping, mais uma vez. Estava lotado! Fomos na praça de alimentação e foi difícil achar mesa. Mas logo achamos uma e fui pegar minha comida no Taco Bell! Ah meu, agora abriu a porteira... estou tirando o atraso aqui! heheheh
                E está muito frio aqui (acabei de ver na TV que está - 4 graus!). Eu sei que já falei isso, mas é que, dessa vez, a gente ficou esperando a van por uns vinte minutos na calçada e eu quase congelei! Estava com tudo quanto é roupa quente que eu tenho, mas não adiantou! E pensar que ainda vai esfriar muito... eles dizem que o frio está só começando! Ah, e tinha um cara na calçada pedindo dinheiro com uma plaquinha em que se lia “Pra que mentir. É pra cerveja mesmo!” heheheh. E devia estar se dando bem, já que não tirava o sorriso do rosto. Tentei tirar uma foto, mas ficou embassado. E meu, tem uma galera que paga pra dar volta de charrete pelo centro. Sério! Enquanto a gente esperava a van, ficava vendo essas charretes. E se fossem fechadas, mas nada, são abertas mesmo.... vento de tudo quanto é lado! E são várias charrete, todas cheias, na maioria famílias! Na boa, que programinha, vai!
                Quando eu saí do hospital, da internação da cirurgia, eles deram vários papéis, um monte mesmo, falando de tudo, de como eu tenho que agir pra cada coisa que aconteça, detalhes sobre os remédios... enfim, tanta coisa que dá até preguiça de pegar pra ler. E a maioria das informações os médicos e enfermeiras já nos passaram. Tem até um, ou dois, vídeos que a gente é obrigado a assistir antes de sair do hospital, com as mesmas informações! Mas um dos textos me chamou a atenção. Fala sobre entrar em contato com a família do doador. Isso é um lance complicado de se pensar. Lá eles oferecem a possibilidade de conhecer essa família... há um departamento que faz o “meio de campo” entre as famílias do doador e do receptor. Mas, pelo menos por enquanto, não quero conhecer ninguém. Sei lá, tem várias coisas. Tipo, qual seria a reação dessa família? Vai que a mãe do doador encana comigo, se acha mais perto do filho ao meu lado e começa a viajar nesse sentido, me passando uma responsabilidade de amenizar a dor da perda dela. Claro, cada um com a sua loucura, mas quem disse que eu conseguiria me distanciar do problema dela, simplesmente pensando “eu não tenho culpa de nada!”.
                Eu me conheço, eu ia acabar me achando responsável por algo que não deveria. Deve ser meio pesado um encontro com a família do doador. Imagina, o moleque tinha 17 anos! Imagina o estado da família que perde um filho dessa idade. Eu acho que ia rolar um puta confusão emocional aqui dentro se eu conhecesse essas pessoas. Até porque as coisas não estão muito bem nesse sentido, já estou meio, sei lá, sensível demais, eu acho. Bom, resumindo, já que estou sendo bem confuso sobre esse assunto ne, é que eu tenho muito medo do que pode acontecer caso encontre a família do doador! Não tenho idéia... posso me sentir mal por ter esperado por aqueles órgãos, por ter ficado feliz quando recebi a notícia de que havia “aparecido um doador”! Se você for pensar bem... como assim “apareceu um doador”? Morreu um moleque, tem muita coisa envolvida né, muita dor... e eu comemorando! Por isso que eu prefiro nem pensar nisso. É difícil você simplesmente ser racional e pensar o óbvio, que eu não tenho nada a ver com a morte do cara, mas a cabeça não vai só até onde a gente quer... na verdade ela enche o saco, às vezes, né! heheheh
                Bom, eu já tenho como viajar em pensamentos ruins sem conhecer essa família. Imagina se eu conhecesse! Eu ia ficar doido! Melhor ficar quieto, na minha. Já tenho muita coisa pra pensar! Quando voltar ao Brasil vou precisar retomar minha vida, que está, de certa forma, estacionada, há três anos né... enfim, tem muita coisa mesmo pra eu pensar e começar a resolver, não preciso arrumar mais coisa pra cabeça, pelo menos não agora!
                Um lance que eu tenho notado é como meu humor muda durante o dia. É impressionante! Eu sempre acordo meio de bode, sem ânimo pra nada, meio enjoado... é difícil sair da cama. Mas conforme o dia vai passando eu vou melhorando, até que à noite eu estou bem, animado e tal. Por isso, inclusive, que é sempre à noite que eu escrevo no blog. O ruim é que eu perco uma parte grande do dia, até eu começar a me sentir bem e funcionar. Aliás, tem um casal de amigos aqui, a Alessandra e o Renato... eles moram aqui em Indianapolis. São amigos do Marcel, filho do Álvaro, meu tio, marido da Tia Flavinha. Eles são muito gente fina, já nos visitaram quando eu estava no hospital e tal. A Alessandra e minha mãe se falam sempre, já estão bem amigas. E eles sempre nos convidam pra almoçar lá, ou oferecem carona pros lugares. Seria muito legal, mas eu estou sempre nessas, às vezes bem, outras vezes mal... Então é complicado por enquanto, marcar algum programa com outras pessoas, porque eu nunca sei como vou estar me sentindo, principalmente no começo do dia.
Mas, de qualquer forma, estou me sentindo melhor a cada dia. É bem suave a diferença, essa melhora de um dia pro outro, mas eu sinto. E isso é muito importante, pra eu me sentir estimulado a continuar nesse processo chato que é me recuperar. Inclusive, às vezes... ou muitas vezes, acho que essa melhora é só na minha cabeça, na verdade. É como se eu "inventasse" algum aspecto em que eu esteja melhor, só pra me convencer e me animar em relação a recuperação. Sério, e isso é importante, pra caramba! Então, se for pensar, nem sempre enganar é algo negativo né... eu tenho me enganado muito esses últimos dias, viu! heheheh
                É isso aí! Um beijo pra todo mundo e valeu!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Faaala!

                Nossa, acabei de sair do banho. Meu, do jeito que eu estou em relação à força física e tal, é um puta exercício tomar banho, vocês não têm noção. Eu saio podre, de verdade. Me joguei aqui no sofá e agora pra eu levantar... vai demorar! É como se eu tivesse feito o exercício do dia! E o chuveiro aqui não é muito bom. Ele é baixo (bate no meu queixo!), então eu tenho que agachar pra molhar a cabeça. E é fraquinho, não é aquela ducha classe, que não dá vontade de sair debaixo! Minha mãe até falou sobre nos mudarmos para outro apartamento... Mas acho que devem ser todos assim... com certeza a altura é a mesma!
                Aliás, isso é um problema que eu encontro em vários lugares. E eu não entendo! Porque deixar um espação entre o chuveiro e o teto! É pro teto ficar sequinho? Ah vá! E eu não sou o cara mais alto do mundo! Aqui nesse prédio mesmo, sempre encontro no elevador uns moleques mais altos que eu, ou pelo menos mais altos que o chuveiro! Pra mim isso não é burrice do cara que instalou. Foi preguiça de pensar. Sério, por exemplo: lá na fazenda, em São Joaquim. Na primeira vez que fomos pra lá, quando a casa estava recém-construída, mas ainda sem algumas coisas, tinha um chuveirão ao lado da piscina. Aquelas duchas pra você tirar a sujeira antes de entrar na água... e que as mulheres usam pra tirar o cloro do cabelo quando saem da piscina. Digo mulheres, mas claro que os sãopaulinos também vêem nela essa finalidade “importantíssima” heheheh. Mas então, aí era daquelas que parecem uma tampa de panela, bem grande... animal! Eu vi de longe, e nesse dia estava um puta calor, a piscina ainda era só um buraco de cimento... não pensei duas vezes, fui seco entrar na ducha! Aí, quando chego perto, vejo que a parada bate no meu ombro! Sendo que nem tinha teto né, era ao ar livre! heheh Mas foi sussa, o cara concertou rapidinho, emendou lá um cano e beleza! Mas não consigo deixar de pensar, o que levou o cara a colocar o lance naquela altura, sendo que era mais baixo que ele próprio! Não é preguiça de pensar? Só pode ser!
                Ah, e acabei de almoçar (era 15h)! Comi bife a milanesa, o prato que eu mais gosto, com o famoso arroz com macarrãozinho da minha véia! Delícia! E, pelo menos por enquanto, meu paladar continua o mesmo... minha comida preferida continua a mesma, eu não gosto de dobradinha, viu Carol! Heheh O lance sobre comer não é mais o que comer. Eu sinto que posso comer de tudo. Ou quase tudo. E os médicos não me passaram nenhuma restrição também. Então o que pega mesmo é a quantidade... eu ainda não estou comendo o mesmo tanto que eu comia antes. No almoço é quando eu como mais. Mas é que eu preciso comer muito pra poder ficar sem a nutrição enteral, já que, mesmo passando a maior do tempo parado, eu gasto muita energia na recuperação.
E minha mãe é demais, ela foi ao supermercado comprar carne pra fazer o bife e tal, sendo que está muito frio aqui, tadinha! Sério, está complicado sair de casa. Por mais que todos os lugares tenham aquecedor, esse pequeno trecho entre, por exemplo, o prédio e a van, dá medo! E eu nunca fui pra um tão lugar frio, que nevasse e tal. Inclusive, já nevou um dia, de madrugada, mas eu não vi. Falam que no Natal sempre neva aqui, e que em janeiro o bicho pega. O foda aqui é o vento. É daqueles que cortam a pele. Vou ter que usar meu gorro “Chaves”! Heheh E tem uns americanos, na verdade vários, que eu não entendo! Minha mãe falou que no mercado tinha uns caras de bermuda, camiseta e chinelo! E é normal, a gente vê um monte de gente andando assim, umas mulheres de saia... vai entender! E lembro que quando estava muito calor, você via uns caras de moletom na rua... uns até de gorro! Não sei qual que é a viagem dos caras... bom, o gorro é coisa de moleque querendo fazer um estilinho! Nada a ver, mas beleza. Agora, o que leva a pessoa a colocar casaco quando você passa calor até pelado, eu não sei!
                É isso aí. Bom, acho que deu pra perceber que hoje não tem muita novidade, né! heheh. Eu fiquei em casa e tal... Amanhã eu teria consulta no hospital, mas como é feriado de Thanksgiving, eu só volto lá na 2ª. feira. Parece que amanhã não abre nada na cidade, nenhum restaurante... nada mesmo! É tipo Natal. Eita, agora que eu lembrei, tenho que ligar pro casal que convidou a gente pra passar o feriado com eles. Se não ligar fica chato, né. A gente, provavelmente, vai encontrá-los nas consultas...
                Então beleza, um beijo pra todo mundo aí!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ooooooopa!
               
                Hoje é dia histórico, meu! Acabamos (era 19h) de chegar em casa, sabe de onde? Do Taco Bell!!!!! É meu, acabei de comer lá! Animal! heheheh Nossa, muito bom, e caiu bem no estômago, não deu nada! Delícia! Minha mãe nunca tinha comido comida mexicana e adorou também! Só não comi mais pra não arriscar, mas agora vou voltar lá muitas vezes, com certeza! É meio simbólico até eu conseguir comer lá! E sem esforço nenhum, comi com vontade, como nos velhos tempos... só um pouco menos!
                E antes disso a gente estava no hospital. Chegamos às 8h e ficamos até as 17h! Puta saco! Hoje, além do exame de sangue, teve aquele escope (o exame da camerazinha), e eu tive que tomar o Cytogam, que é uma vez por semana e fica rolando por umas quatro horas. Isso que atrasou mais. Eles me colocam numa cama e tal, mas não rola de dormir porque eles vêm a cada meia hora tirar meus sinais vitais. Agora minha mãe está agitando um lance pro jantar! Quero comer bastante pra tirar esse tubo! Aliás, eles trocaram o tubo, que estava com uns furos, e aí vazava e tal, tava um saco pra tomar a nutrição. Agora eles colocaram um que é bem melhor. O que fica preso em mim é só o encaixe do tubo, tipo um botão (parece aqueles bicos que por onde você enche, sei lá, uma bóia de criança, por exemplo). Aí, na hora que eu vou tomar a nutrição, eu encaixo o tubo ali e pronto. Quando termina, eu tiro e beleza, é bem melhor!
                Ah, e hoje aconteceu um lance engraçado enquanto a gente esperava pra ser atendido. A gente fica numa sala com um monte de paciente de transplante na mesma que eu, voltando pra consultas. E hoje a gente tava conversando, quando um cara que tava com a mulher sentado na nossa frente perguntou que língua estávamos falando. Aí começamos a conversar, ele falou que tinha transplantado o fígado e tal, falei da minha cirurgia e boa, ficou nisso. Ele foi chamado pra ser atendido. Uma meia hora depois eles passam pela sala e dão tchau, de longe. Mas quando eu vejo, eles estão voltando, vindo falar com a gente. O cara e a mulher convidaram a gente pra passar o Thanksgiving com eles! Pra eles é a data mais importante do ano, depois do Natal. Pra gente acho que é o Dia de Ação de Graças. Deram endereço e telefone, falaram que a gente podia dormir na casa deles, que seria uma honra nos receber e tal... Eita! Acho que eles pensaram “coitados, passar essa data sozinhos”. Heheh. Mas nem me importo né, essa data não tem nada a ver pra mim. Mas achei legal o convite. Era um casal de uns 45, 50 anos. Doido né? Nem nos conheciam direito e convidaram pra dormir na casa deles! Mas a gente não vai, não. Acho que não tem muito a ver, eu ia ficar meio sem graça. E também é uma cidade a três horas daqui, chama Akron. Sei não, acho que é alguma coisa com minha mãe, a véia é cativante! É, porque enquanto eu estava lá internado, ela fez um monte de amizade, a mulher do caixa do restaurante não deixou ela pagar umas cinco vezes... vou te falar, com o seu jeitinho, ela conquista todo mundo! heheheh
                Bom, é isso aí, hoje foi meio cansativo, vou dormir! Eu estou acordando 10h, mas é ruim porque atrasa todas as refeições, eu tomo o café e demoro a ficar com fome pro almoço, aí eu acabo comendo menos. Se eu começar o dia mais cedo, acho que eu acabo comendo mais durante o dia! Vamos ver...
                Ah, e nos exames que eu fiz deu tudo certo. Foi o próprio Rodrigo que nos atendeu hoje. Normalmente são os médicos da sua equipe.
                Beijo grande pra todo mundo!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E aí!

                Então, hoje está sendo um dia mais tranqüilo pra mim! Pelo menos não vomitei (desculpa, espero que não esteja comendo enquanto lê heheh). O pior momento do dia, nesse sentido, é de manhã, quando acordo. Acordo sempre meio enjoado, mas hoje, como disse, o enjôo não foi tão intenso. Isso me fez acreditar que pode ser que, talvez, quem sabe, de repente, quiçá, eu melhore um pouco a cada dia! Heheheh E bem lembrado pela minha mãe, hoje é o primeiro domingo que passamos em casa depois da cirurgia!
                Eu gosto dessas coisas de “primeira vez que...” Isso me deixa animado a buscar outras primeiras vezes! Heheh Claro que é bobeira, eu sei, mas eu gosto! E o que não falta é coisa que eu não faço a muito tempo né! Por exemplo, hoje foi a primeira vez que eu dormi uma noite inteira, inteirinha, sem precisar levantar pra esvaziar a borseta! Eu disse que essa borseta é mais sussa que a outra, mas ainda assim, umas 2 vezes mais ou menos, eu levantava a noite pra esvaziá-la. Mas hoje não, ela não encheu... em todos os sentidos! Heheh Eu quero agora a primeira vez sem nenhuma nutrição além da normal, por boca e tal. Aí, depois, vou querer a primeira vez sem nada preso em mim... isso vai ser quando tirar essa borseta. Claro, a primeira vez em um ano. Ih, tem tanta coisa que eu não faço há tempos. Na verdade algumas eu nem sinto tanta falta, como imaginei que sentiria.
                Por exemplo, quando começou tudo, eu não podia beber. Nossa, era um desespero. Parecia que a balada perdia o sentido, me dava um bode gigante, tanto que rolou um lance meio nada a ver naquele ano, em 2008. Lá pra agosto, o Paulo Hoff, pelos exames, viu que a quimioterapia não estava funcionado, o tumor não havia diminuído nem um milímetro. No fim da consulta em que me falou isso, ele disse que iria pesquisar qual seria o próximo tratamento e que era pra eu voltar em quinze dias, quando ele teria já definido qual caminho seguir. E eu, ao invés de ficar preocupado, já que ali eu tinha a primeira mostra de que o tumor não tinha um tratamento capaz de combatê-lo, eu comemorei! Sério! A primeira coisa que eu pensei foi “opa, sem quimio... posso beber! Vai curintia!” heheh  
Aí marquei uma balada, chamei todo mundo pra ir num pico que eu ia muito, e enchi a cara! Mas enchi a cara mesmo, tomei todas! Heheheh. Na hora foi animal, mas hoje fico pensando... o que eu fui comemorar? O primeiro fracasso do tratamento? É que era muito ruim, muito difícil não beber, então poder beber foi mais importante pra mim do que o tratamento. E eu também não achava que ia dar uma merda tão grande. Aliás, com todo mundo é assim né, você nunca imagina que uma coisa muito grave vai acontecer com você! É doido isso, acho que é um medo de encarar que nos leva a ignorar a possibilidade de algo ruim acontecer. Ou, sei lá, de repente ficamos com preguiça mesmo... é mais fácil não pensar em nada e sair andando... e cagando! Heheh. Mas não estou aqui fazendo apologia ao receio, medo de arriscar e a vida certinha e tal! Não acho que as pessoas devam andar preocupadas com tudo, sem relaxar. Mas, sei lá, um pouco de precaução... e canja de galinha não faz mal a ninguém, como diria Jorge Ben né! heheh.
                Por exemplo, em 2007 eu fui seqüestrado, naqueles esquemas de seqüestro relâmpago. Os caras me pegaram saindo do trabalho e ficaram rodando umas quatro horas comigo até parar num supermercado e sacar R$600,00. Depois chegaram uns amigos e eles foram embora com eles, pelo menos o meu carro ficou comigo. O lance é que eles falam um monte de coisa, parte pra te apavorar, e outra pra tentar descobrir mais sobre você, tipo, onde mora, se mora sozinho, enfim, pra ver o que mais eles podem tirar de você. Os caras são profissionais mesmo. Mas eu nunca imaginei que pudesse ser seqüestrado, então fiquei muito assustado, os caras ficavam dando umas porradas com o revolver nas minhas costas. Aí eu quase dei respostas que iam me ferrar ainda mais. Por exemplo, era dia 2 do mês, eu tinha acabado de receber meu salário (falei! os caras são profissa) e eles perguntaram quanto eu tinha na conta. Eu, trouxa, disse que tinha gastado tudo por “x” razões e tava com uns 100 ou 200 reais na conta. O que eu tinha que saber é que eles tinham um limite de saque de 600 reais. E pronto, sacariam esse limite, independente do que eu teria. E antes, eles veriam o extrato da minha conta pra ver o quanto poderiam sacar. Ou seja, não adiantaria eu dar de malandrão e falar que tinha só 100 reais! Só valeu um comentário “ah sei, 100 reais né. boy cú!” e umas porradas a mais. Ah é, me chamavam só de boy cú!
                Voltando. Eu, no começo, sentia muita falta de uma brejinha. Mas agora, esse último ano, tem sido sussa não beber. Acho que é porque tem, ou tinha heheheh, coisa bem mais complicada do que isso que eu não podia fazer, que me impedia de sair e tal. Sei lá, só sei que acostumei e não me preocupava tanto. Lembro, por exemplo, no chá de bebê da Marina, foi muito mais casca não poder comer a feijoada do que não tomar uma breja. Mas, claro, assim que eu puder, vou querer voltar a tomar minha cervejinha! Eu gosto ué! No primeiro encontro com os médicos eu já perguntei sobre isso. Porque eu vou tomar um remédio por uns bons anos, senão a vida toda né. Aí eu fiquei meio noiado! Mas sussa, eles falaram que eu posso beber. Claro, só não rola barbarizar sempre, como eu fazia antes! É só eu fazer o que todo mundo deveria fazer, que é tomar umas águas entre as cervejas. Aí não tem erro! E ainda você acorda sem ressaca! Heheh
                É isso aí! Amanhã tem consulta no hospital, logo cedinho! É um saco, demora muito. Uma hora vai passar a ser uma vez por semana, ao invés das duas vezes atuais. Não vejo a hora!  Valeu aí todo mundo e um beijo! Saudades!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Oooopa!

                Fala pessoal! Nesses dois últimos dias não deu pra escrever! É que anteontem foi o dia que eu saí do hospital, e ontem eu tava bem ruim. Sei lá o que era. Eu acordei muito cedo pra ir na consulta lá no hospital, aí demorou muito lá. E eu estava com muito sono e indisposto no hospital. Aí, na volta, eu só queria dormir! Mas eu não posso dormir até dizer chega. Tive que acordar pra comer e tomar a nutrição enteral. E como agora eu tomo um tanto grande de uma vez (deu umas complicações no tubo que fizeram com que eu tivesse que mudar a forma como recebo essa nutrição, depois eu explico direito), quando eu acabo de tomar, eu não posso deitar, senão dá refluxo. Nossa, vou te falar que foi difícil não deitar, pra se ter uma idéia de como estava a situação ontem... eu tava me sentindo muito mal, tive febre e tal.
O foda é que quando fico assim eu não consigo fazer nada! Bate um desânimo muito forte. As vezes até quero voltar pro hospital. Acho que isso é síndrome do primeiro dia em casa depois do hospital! heheh. Um dos maiores estímulos pra ficar bom logo é minha mãe. Porque ela fica muito mal, desesperada mesmo, quando me vê assim. Eu entendo ela. Por estarmos só nós dois aqui, ela se sente muito responsável, fica com medo de qualquer coisa que aconteça. Como se fosse responsabilidade dela fazer com que eu fique bem quando estou em casa. Assim como no hospital é dos médicos essa “tarefa”. Mas não é, não. O que ela tem que fazer mesmo, é metade do que ela já faz, no máximo! Ela só precisa me ajudar com essa porrada de remédio, porque é muito e eu me atrapalho. E só. Se eu fico mal, é só ver se é previsto ou se é algo fora do comum.
                A responsabilidade maior agora é minha! Por exemplo, ontem eu não queria levantar. Ué, eu que tenho que tomar vergonha na cara e mexer a bunda daquela cama, por mais gostosa que ela estivesse! Heheh E é nisso que eu tenho pensado hoje... Por mais que a cirurgia já tenha passado há um mês, agora é que começa a parte mais difícil. Sério. Porque até agora, os médicos estavam coordenando tudo, o que eu comia, o que eu tomava de nutrição, se eu estava bem hidratado (senão davam soro). Enfim, eu não tinha que fazer praticamente nada, era só seguir as orientações. Mesmo a minha parte da recuperação era mais fácil. De verdade, a parte de cicatrização, de os órgãos se adaptarem, é uma recuperação que, de certa forma, você faz sem se esforçar. É algo que depende do corpo de cada um. Mas é um processo que independe do seu empenho. Depende de você ter uma recuperação rápida ou não, pronto. É mais uma característica da pessoa. E o meu corpo funciona dessa forma, é rápido mesmo... meio que nasceu preparado pra encarar 1987094870 cirurgias, né! heheh Enfim, não sei se deu pra entender, mas é isso, essa primeira recuperação, tipo, seu intestino funcionar corretamente e tal, é algo, de certa forma, independe de você, por mais doido que possa parecer falar isso.
                Mas agora é que o bicho pega de verdade! Agora eu estou em casa e não tem pra onde correr. Na verdade, ter tem né, claro, mas aí eu chego no hospital e já me internam, começam a furar meus braços, iiihh é um saco! Tirando que minha mãe fica dormindo toda torta naquela poltrona tosca (detalhe: sem reclamar! Ela nunca reclama de nada de ruim que rola com ela, é impressionante!).
                Então, agora eu estou no comando da minha recuperação! Agora é que eu preciso daquela força que vocês falam que eu tenho! E isso dá um frio na barriga. É porque, agora, o lance é eu voltar a comer normalmente pra poder tirar esse tubo do meu estômago. E não adianta, ninguém vai comer por mim e me passar as calorias por osmose! Heheh. Eu tenho que comer mesmo, tenho que querer levantar e tomar café da manhã. E é foda, eu sei que deve ser difícil de entender pra quem come normalmente, até porque a preocupação que a maioria das pessoas tem em relação a comida é de não engordar, né! Mas pra mim é muito difícil, meu. Eu não tenho a mínima fome. Mas beleza, vou e tento comer. Só que aí, se eu insisto muito, a comida volta! Eu sei que é a cabeça, aliás, tudo é a cabeça, eu acho. Mas é difícil, eu tento comer mais, mas não rola. Não é que eu como um pouco que desencano. Eu tento, tanto que, muitas vezes, a comida acaba voltando. Enfim, acho que o lance é ir tentando comer cada vez mais. E os médicos falam que está tudo perfeito aqui dentro, que agora é comigo e tal. Dá um pouco de ansiedade, angústia até. O que eu mais quero é deixar de precisar dessa nutrição e tirar esse tubo. Nossa, eu quero muito isso! Um lance que eu fiz pra ter menos enjôo é tomar a maioria dos remédios no almoço. Porque eu estava tomando no café da manhã. E era ruim já mandar aqueles remédios todos de manhã, acho que dava uma baqueada no estômago pro resto do dia. Agora eu tomo só dois de manhã, que não posso deixar pra depois. Comecei isso hoje, tomara que ajude.
                Enfim, é isso, agora é que começa a parte mais difícil da recuperação. Antes, era a parte mais complicada para os médicos, agora eles fizeram a parte deles, deu tudo certo e começa a minha parte! E eu quero estar bem melhor, assim, comendo, sem o tubo, e bem disposto, no meio do mês que vem, que é quando o Dú e meu pai chegam aqui pra nos visitar! Eu acho que dá sim pra ficar bem em um mês! E hoje eu me convenci... vou fazer tudo o que eu conseguir e um pouquinho mais pra melhorar rápido. Eu digo me convenci porque é isso mesmo. O estado natural, a minha vontade, é ficar quieto deitado, sem comer nem nada. E pra quebrar isso não é só levantar e comer! É difícil explicar, mas rola um puta esforço, e não é toda hora que você está disposto né. Mas agora eu não tenho opção, se eu não me agilizar eu não volto nunca pro Brasil né! E eu quero ir embora daqui ontem, meu!
                Ah, Dé, eu tirei os pontos anteontem. A cicatrização da pele, pelo menos, já está beleza. Lá dentro não sei, deve demorar mais... É isso! Valeu aí todo mundo!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Opa!
                E aí, tudo certinho? Por aqui continuo naquela, não cago, nem saio da moita! Heheh. É, porque hoje eu estou melhor, mas tive uma febre durante a noite. Então já era, em dia que tem febre, não tem alta! Tem que escolher, e não sei o que me dá que eu escolho sempre a febre, meu! Mas pelo menos eu estou com menos dor na barriga, aí não preciso tomar tanto daquela morfina líquida, que é triste! Beiçar seringa não é legal!
                Hoje eles fizeram um exame do coração, aquele ecocardiograma. Falaram que é o último que eles vão fazer pra tentar uma pista de onde vem essa febre! Ainda não saiu o resultado, mas provavelmente não vai dar nada. Aí vão desencanar e me mandar pra casa, eu acho. O Rodrigo veio hoje aqui e disse que eu estou bem. Só tenho que me movimentar mais e tal. É o que todo mundo fica falando, todo médico e enfermeira que entra aqui fala que eu tenho que andar mais. Aliás, acabei de voltar de um rolê por aqui com minha mãe. Ela vai do meu lado rindo sozinha, é engraçado! Vou ver se ando três vezes hoje. Aí ninguém vai poder falar nada. Três vezes tá bom, aí amanhã ando uma a mais. O que não dá é pra eu sair fazendo maratona... tem que respeitar o corpo, ué! É claro que eu queria estar disposto pra ficar andando por aí o dia inteiro, descer lá no térreo e tal. Mas não rola, eu tenho que esperar. Mas essa parte é a que eu menos me preocupo.  
É, porque em todas as internações eu perco peso e força. E nunca me recupero enquanto estou no hospital. Aqui eu começo, devagar e sem nenhum estímulo válido. É um puta saco andar pelo hospital, não é um programa muito estimulante, vocês podem imaginar! Então não me animo muito. Mas quando chego em casa muda tudo. Eu começo a me movimentar mais pela casa, não fico deitado numa cama (o que te incentiva a dormir o dia todo), tenho noites de sono completas sem interrupções e lugares mais gostosos de andar, não fico conectado a nada que eu tnha que carregar comigo em cada caminhada, entre outras coisas. Ou seja, é bem mais convidativo pra você se mexer. Até o fato de não ter uma enfermeira toda hora explicando, como se eu não soubesse, o porque que eu tenho que andar, ajuda!
Ah, e teve uma que foi foda. A mulher veio agora pouco decidida a me fazer andar. Mas agora (era umas 21h quando escrevi essa parte) eu já estou no esquema de “logo mais vou dormir – tranquilão – na cama – não enche o saco” heheh. E ela veio falar de um estudo com quinze jovens da minha idade que ficaram internados três semanas e perderam musculatura. Pô, sério? Claro que você fica mais fraco, assim como quando você se mexe mais, fica mais forte. Não precisa de estudo pra convencer alguém disso! Mas, como eu não dei muita atenção (estava torcendo pra ela parar), ela achou que eu não acreditei, e pior, falou ainda que eu me achava melhor que eles quando eu falei que conhecia meu corpo, no sentido de que eu sei que vou ficar podrão, mas depois recupero, sussa. Toda internação minha de mais de uns 20 dias foi assim. Eita, enfermeira pentelhinha essa. É que tinha a recomendação médica de eu andar cinco vezes hoje. Mas eu converso com o médico sobre isso e pronto, ele vai entender. Ainda mais que quem falou isso foi o Dr. Thiago, brasuca. Eu falo com ele e boa, ele não vai achar que eu me acho isso ou aquilo. Ele fez essa recomendação por que o máximo que podia acontecer era eu andar as cinco vezes! E isso seria bom principalmente pra mim, mas também pra ele, já que sou seu paciente. Ele está certo em recomendar isso. Mas não é que eu estou me negando a tomar um remédio ou algo do tipo né. Mas enfim, esse é um ponto da recuperação que não me preocupa, com o tempo eu fico zerado e vai curintia!
Ah, hoje, dia 16, faz um mês que eu fiz a cirurgia! Um mês, meu! Passou rápido, né. E que bom que passou, porque parece que as maiores complicações, se fosse pra complicar, ocorrem no primeiro mês. Então sai fora, zica de primeiro mês! Heheh E uma outra data... e essa eu nem tava lembrando, a Jack que lembrou ontem no skype, é que ontem fez um ano que eu fui internado na vez em que tiraram meu intestino! Aí eu fiquei pensando... Duas datas bem diferentes. Uma foi o dia que quase tirou minha vida, primeiro literalmente mesmo e depois... não literalmente! E a outra data, do transplante, é o dia que recebi minha vida de volta, que eu vou lembrar pra sempre, como meu aniversário. Certeza que nunca vou esquecer. Dia 16 de outubro de 2010. Enfim, achei “engraçado” essas datas caírem quase no mesmo dia.
                É isso aí! Beijo pra todo mundo!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oooopa!
                Então, hoje foi meio devagar aqui. Não dormi direito, aí fiquei até agora pouco tentando compensar o sono. Mas não rola. Dormir em hospital, só se for por acidente. E hoje foi chato, ou mais chato, porque, além de tirar sangue as 4h da manhã, eu tava com uma puta dor de cabeça. Aí os médicos me levaram cedinho pra fazer tomografia da cabeça! Hahaha Só faltava essa né... algum problema no côco (se atentem para a posição do acento!). Mas, imagina, acho que não rola transplante de cérebro! heheh. Aliás, deve ser o único órgão que não se tranplanta no corpo né... é, na verdade acho que não... bom, deixa pra lá... parece que um monte de primo pequeno meu lê esse blog né... Mas enfim, não deu nada, no meu cérebro não tem nada, não! 
                O Dr. Thiago, outro brasileiro da equipe do Dr. Rodrigo, veio me ver hoje e disse que tem casos, vários, em que o paciente fica uns 2 ou até 3 meses com febre. E eles fazem tudo quanto é exame e não descobrem nenhum motivo. Aí, do nada, o cara melhora. Ele falou isso, claro, pra me animar, no sentido de que essa febre que eu tenho tido não é nada, é normal e tal, pra eu e, principalmente, minha mãe, ficarmos tranqüilos. Legal. Mas, ao mesmo tempo, eu pensei, e não teve como não pensar, que, pô, ficar três meses com febre é sacanagem, né! hahah Sabendo o motivo ou não!
                Ah, e só uma observação, que na verdade não tem nada a ver com nada, mas... Quando chegamos aqui, a diferença do fuso horário era de uma hora. Mas aí começou o horario de verão aí no Brasil e acabou o horario de verão aqui nos EUA. Então, agora, são três horas de diferença. Aqui é mais cedo do que aí.
                E é impressionante a diferença de dia de semana pra fim de semana. Hoje já vieram vários médicos aqui, umas quatro vezes. Perguntam como você tá, examinam a barriga, pedem até exame da cabeça! É legal. Não que você fique desamparado no fim de semana, que também tem seu lado bom. É mais fácil dormir, já que tem menos gente te dando atenção. No fim, estou achando que essa diferença do fim pro meio da semana é boa. Assim como dá uma folga pros médicos, dá uma folga pros pacientes também. Se está bom para ambas as partes... heheh
Hoje mudaram minha medicação pra dor né. Eu estava tomando morfina na veia pra uma dor que eu sinto no lugar onde tem o tubo que entra no meu estômago. É uma dor bem chata, principalmente quando eu acordo depois de ter dormido virado para o lado esquerdo, que é o jeito mais gostoso de dormir (ou será que, por ser o jeito que eu não posso dormir, eu acabo gostando mais, igual aquele lance que você não pode e por isso fica com mais vontade de fazer? Heheh Só pra descontrair). Então, aí eu tomo o remédio principalmente pra essa dor. Agora eles mudaram. É morfina ainda, mas por boca. E vem numa seringa pra você tomar a parada! Muito estranho! Eu beicei (vai Buzudo!) a seringa e apertei. É um líquido escuro, nojento. E, na verdade, eu não entendi uma coisa. Falam que é melhor, porque eu não vou poder usar nada endovenoso em casa, até porque não tenho mais cateter. E também porque a morfina atrapalha o funcionamento do sistema digestivo. Torna-o mais lerdo, podemos dizer. O primeiro motivo eu entendi, beleza. Mas o segundo... eu tomava na veia 6mg, e agora, via oral, são 20mg! É muita grama, dá pra vários Pacaembu! Hehehe piadinha boa pra manter o costume! Mas sério, se 6mg faz mal, 20 deve fazer mais ainda, ué! Vou perguntar amanhã, porque, apesar de esse meu raciocínio fazer sentido, claro que eles devem ter um motivo, já que são bem noiados, mas que os médicos brasileiros, com esse lance de morfina. Deve ser uma diferença na forma como o corpo absorve a medicação via oral ou por veia.     
Bom, vou parar por aqui porque vou andar um pouco. Se vocês vissem a alegria da minha véia quando eu ando! Nossa! É que é um saco, eu canso muito rápido. Mas eu vou lá, pra ela dormir feliz! Tadinha, hoje ela foi em casa e fez um macarrão pra mim, porque a comida daqui do hospital... não ajuda! Mas eu tava muito enjoado, dei uma garfada e só. Queria comer mais só pra ela ficar mais tranquila! Mas é foda, é uma sensação estranha, e não dá pra lutar contra ela. Se eu desse outra garfada, ia por pra fora tudo. Não tem jeito. O lance é ir comendo o tanto que eu conseguir, aí acho que esse tanto vai aumentando e eu vou voltando ao normal. O que atrapalha também, eu acho, é que eu acordo com a enfermeira trazendo um potinho com uns 15 comprimido. Sem zueira, tem uns 15, fácil! Logo de manhã, esse tanto de remédio... é muita informação pro estômago. E depois, durante o dia, continua vindo mais remédio.... menos, mas ainda vem. Sei lá, isso é outra coisa que eu vou falar amanhã... se não dá pra tomar alguns em outro horário né, pra eu poder dar um bom dia mais simpático pro meu estômago! Heheh
Beijão pra todo mundo aí e valeu!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Faaaaala!
                Então, estamos aqui no hospital ainda. O que pegou hoje foi que eu acordei com febre. Tomei Tylenol, mas não passava, fiquei até umas 17h com febre... O ruim é que, enquanto eu estiver com febre, os médicos não me liberam daqui né. Realmente, esse tal de transplante é um saco de recuperar, mesmo! Eu vim pra cá dessa vez por causa de um enjôo. Eles fizeram um monte de exames e não deu nada. Acho que o enjôo era porque eu tava recebendo muita nutrição enteral. E essa vai direto no estômago, então é como se eu estivesse comendo demais. E depois de tempos sem comer, meu organismo não agüentava. Então, aqui eles diminuíram a quantidade de nutrição que eu recebia por hora, mas estenderam pro dia todo, enquanto antes eu recebia por 12 horas. Mas hoje eu falei com os médicos e eles vão mudar o esquema de volta pras 12 horas, mas com menos nutrição por hora. É melhor, porque aí eu posso voltar a ter fome também.
                E agora que o enjôo está mais controlado (eu tomo um remédio de seis em seis horas), vem essa febre pra encher o saco! Por isso que esses dias eu não escrevi aqui no blog. Porque dá um mal humor isso tudo... Pelo começo da recuperação, da velocidade como tudo foi acontecendo, eu estava imaginando que seria mais fácil. Mas que nada. A parada é complicada mesmo. Também, não tem como ser diferente, eu acho. O cara que veio visitar a gente (que o Du falou aqui no blog) disse que ficou um mês com febre de 40 graus! A minha pelo menos não passou de 38.8, então ainda estou no lucro né! heheh. E antes da cirurgia eu já imaginava que seria a recuperação mais complicada mesmo... Também né, os caras praticamente trocaram tudo aqui dentro! Agora eu entendo porque o Rodrigo fala que a gente deve ficar aqui mais uns meses. Porque do jeito que tava indo, eu tava achando que já poderia voltar pro Brasil logo mais... 
                Mas sussa, vai ser um pouco mais chato, mas ainda sim, beleza. Uma hora acaba, né! Porque esse tempo que eu estou aqui é como se eu estivesse fazendo um investimento em mim. O lance é que vou ter que investir mais do que eu pensava! Lembro que, no primeiro encontro que tive com o Dr. Rodrigo, perguntei, ansioso, quanto tempo demoraria pra eu ir embora. E ele, calmo, disse pra eu esquecer de datas, esquecer de tudo. Naquele momento eu estava cuidando da minha saúde, da minha recuperação e tal, então deveria focar só nisso. É isso aí mesmo, né. E acho que vale a pena!
                Voltando pro lance da febre. Hoje fizeram um monte de exames pra ver de onde veio essa febre. Aí amanhã devem ter a resposta. Os médicos sempre vêm aqui de manhã, por volta das 9h. Aí vou saber se a gente vai embora amanhã ou se vamos ficar mais tempo aqui. O ruim de ficar muito no hospital é que você vai enferrujando! E dessa vez o que mais me incomoda de estar aqui é que todo dia, as 4h da manhã, as enfermeiras vêm tirar sangue pra exame. O problema é que eu não tenho mais o catéter né, então elas têm que me furar toda vez. E a veia que eles deixam puncionadas pra dar os remédios não podem ser usadas pra tirar sangue.  
                É isso, valeu aí todo mundo!
                Um beijo!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ó eu aqui traveiz! Aí Kamila, aprendi! Hehehe
Essa semana nós passamos praticamente toda no hospital. Saímos na segunda feira. O Rê estava ótimo, como ele mesmo escreveu. Chegamos em casa e ele tomou um banho gostoso, comeu bem, escreveu seu blog... Mas na terça ele amanheceu péssimo, com um pouco de febre, náusea, muito indisposto, nem queria sair da cama. Aí voltamos pro hospital e estamos aqui até agora. Fizeram um monte de exames, mas parece que isso tudo é só uma adaptação do organismo a tantas mudanças. É como se ele estivesse tentando entender o que está acontecendo. Pois é, a gente sabia que não ia ser fácil, é preciso ter bastante paciência nessa fase. Mas isso o Rê aprendeu a ter.
Ele não tem sentido nenhuma vontade de comer. Mas acho que isso é também por causa da alimentação enteral que ele ainda está recebendo. É uma nutrição que vai direto no estomago e que deve dar uma sensação de ter acabado de comer. E agora os médicos querem que ele fique com a nutrição durante o dia todo, com uma dose menor por hora. Antes ele estava recebendo bem mais por hora, mas apenas por 12 horas. Mas os médicos acharam que isso podia estar causando a náusea, então agora ele está recebendo a mesma quantidade em mais horas
Mas, à medida que ele for comendo melhor, a enteral vai sendo diminuída até ser cortada de vez. É que, como o medico explicou, um corpo em recuperação como o dele gasta muito mais energia, precisando de mais calorias. Então é preciso que ele receba um tanto que não tire o apetite, mas que tenha o tanto de caloria que ele precisa. É quase um quebra cabeça!
O Rê se sente mais seguro no hospital, e eu também.
Bom, é isso! Espero que logo o Rê esteja mais disposto e reassuma o seu posto aqui no blog!
Um beijo pra todos!

Silvia

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SILÊNCIO, SOMBRA E ÁGUA FRESCA.

Desde ontem o Renas não está muito bem, com vontade de ficar em silêncio, sem muito comer e tal.
"Ontem ele ficou tão bem o dia todo" disse minha mãe tentando entender.  E um pouco de febre trouxe aquele medo de algo estar errado, deixando a Santinha e sua mãe(Aí minha mãe!) de cabelos em pé. Mas nada que alguns exames, boas e demoradas conversas com o Dr. Rodrigo e uma visita especial não tirassem do caminho qualquer suspeita de problemas.  E toda essa adrenalina no coracão da minha mãe trouxe a constatação que o percurso agora será assim mesmo de altos e baixos de energia, de dias mais dispostos e outros mais recolhidos, e a febre mostra o corpo reagindo, trabalhando na organização de tudo que foi mudado.
O Dr. Rodrigo disse que o Renas se recuperou muito rapido e que essas coisas são normais. Esta tudo sob controle.

Hoje uma visita especial trouxe um pouco de paz e esperança no coração da dupla, um rapaz que fez o mesmo transplante do Renas há 3 anos, e foi uma conversa ótima, porque o rapaz esta muito bem, e foi uma motivação legal para este momento. O rapaz contou sobre sua experiência e sua recuperação, e que no inicio é assim mesmo, altos e baixos e com o passar do tempo vão ser mais altos do que baixos e assim vai.. e que achou o Renas muito bem para só 20 dias depois da cirurgia.

Bom, depois o Renas conta em detalhes, porque nem eu conheço, e também porque pelo Renas é muito  mais legal.

SILÊNCIO, SOMBRA E ÁGUA FRESCA.

Bjs e Abs,
DU

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ooooopa!
                De volta pra casa... de novo! Maravilha! Dessa vez espero que seja definitivamente... Agora só saio daqui pra ir pra minha casa oficial! Heheh Aliás, toda coisa ruim tem um lado bom, as vezes proporcional até... sério, por exemplo, quando você perde a carteira... e já desistiu de procurar, está num puta mal-humor, pensando no tempo que vai perder no Poupa-Tempo e tal... aí de repente você acha a parada! Pô, nessa hora é animal, você sai pulando de alegria... ganhou o dia mesmo, né! Ou seja, uma coisa boa que rolou só por causa de uma zica que aconteceu antes, né! Pra mim, é assim quando entro e saio de um hospital! heheh Aquele bode quando fico sabendo que vou ser internado. Mas quando me dão alta e chego em casa é uma sensação muito boa, meu! É como se você pegasse sua vida de volta! Não querendo ser dramático, mas no sentido de que, quando você tá internado, você fica lá, não decide nada sobre o que vai fazer, só faz o que te deixam fazer, ou pior, as vezes é o que te mandam fazer! E não pode reclamar, já que todo mundo está fazendo daquele jeito pra você ficar melhor! E meu, isso é foda... as vezes dá uma vontade de xingar alguém, mandar pra pqp, sabe... só pra por pra fora uma raiva que bate umas horas, por estar lá enquanto o mundo continua girando... mas vai xingar quem? Bom, se alguém quiser ser xingado, eu posso ajudar heheheh... mas nada pessoal... sem ressentimentos, né! Mas, na verdade, se tem gente que gosta de apanhar... gostar de ser xingado é sussa, ué! heheh
                Hoje o Rodrigo fez aquele exame da camerazinha de novo e falou que está tudo certo com a turma aqui... melhor impossível, ele falou. E eu me senti muito bem durante o dia todo, comi um hot dog no almoço e, agora no jantar rolou um macarrão à bolonhesa da minha mãe! Delícia, comi um pratão! Minha véia nem acreditou! Acho que foi a maior refeição que eu fiz depois que voltei a comer... na verdade, a maior refeição em um ano né! heheh
                Nossa, falando em voltar a comer, a enfermeira que ficou comigo hoje tava contando que fez uma cirurgia pra reposicionar o esôfago, e por causa disso, teve que ficar seis meses sem poder comer, nem beber, só na nutrição enteral. Mas não podia nem “degustar”, igual eu podia. Eu, quando tava numa fase boa, sem enjôo, dava umas experimentadas, tipo uma garfada, de alguma coisa quando a vontade era muito forte. Mas essa mulher não podia engolir nada, nem água! Treta, né! Eu tive uns períodos de jejum total até de água, mas que duraram no máximo um mês... agora, seis meses é demais! Bom, ainda bem que pelo menos meu esôfago está bem posicionado! heheh. E ela explicou isso porque tava com a voz meio rouca e foi logo explicando que não era gripe, e sim a cirurgia que ela havia feito!
                É, porque eu não posso ficar perto de ninguém com gripe e tal né, porque minha gripe tem muita chance de virar pneumonia e tal. Aliás, na UTI era a maior nóia. Pra entrar no meu quarto, qualquer pessoa que fosse, tinha que colocar um avental e uma daquelas máscaras, que tampam a boca e o nariz. Inclusive minha mãe, tadinha. Até pra dormir ela tinha que ficar com avental e máscara! Sério! E é horrível respirar com aquilo, meu! Pra sair do quarto e dar minhas caminhadas, eu tinha que por essa máscara. É muito ruim, fica muito abafado.
                Ah, lembrei! Faz tempo que quero escrever isso e sempre esqueço! Um conselho para as mulheres! heheh. Sério, minha amiga, quando for a um hospital visitar alguém, por favor, tenha noção e não vá de salto alto, daqueles que anunciam sua chegada (tóc tóc tóc tóc...). Meu, é como passar buzinando na frente do hospital! Ainda mais a noite... aquele puta silêncio, um monte de paciente no maior esforço pra dormir e a madame desfilando! “Ah mas eu fui direto do trabalho”... deixa uma Havaianas no carro, ué! Sério, não custa nada! Eu, pelo menos, fico com muita raiva (o que, como já falei, não é difícil quando se está internado!) quando ouço barulho de salto! É muita sacanagem! Bom, recado dado! heheheh
                É isso aí! Vou dormir!
                Ah, um beijo enorme pro meu irmão João e pra Clau! Acabo de receber a notícia de que nasceu a Marina, sua filha! Pô, queria muito estar aí pra dar um beijo em vocês e na Marina! Fiquei emocionado ao saber! Parabéns Preá e Claudete!!!!! E seja muito bem vinda Nina, não vejo a hora de te conhecer! Tomara que tenha puxado a mãe, claro... mas isso só saberemos quando ela deixar de ter três joelhos e ganhar um rosto, né! heheheh. Brincadeira Clau... a Moqueca é feinha, mas a Nina é muito linda, o Buzudo me mandou uma foto! E agora fica a pergunta: João, na hora que a Clau liberou a Marina... e a pinta, caiu?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Faaaaaala!
                Então, tive que vir para o hospital de novo! Na noite de 6ª. feira pra sábado eu passei bem mal, tive muito enjôo e dei umas vomitadas. Como acordei ainda enjoado e não tínhamos nenhum remédio pra enjôo em casa, resolvemos vir pro hospital pra eu tomar alguma coisa pra passar, porque tava muito ruim. E acordei com muita dor nas costas também, precisava da minha amiga morfina. Ao chegarmos aqui no hospital, um dos médicos da equipe do Dr. Rodrigo veio falar com a gente que era melhor me internar pra fazer uns exames e ver o que era. Eu fiz exame de raio-x e de sangue e não deu nada! Está tudo certo aqui dentro! Na verdade, eles quiseram que eu ficasse porque, quando rola rejeição dos órgãos, um dos sintomas possíveis é náusea. Então, náusea pode ser um problemão! Aliás, eu tava pensando aqui... assim, um dos outros sintomas é febre... e, se for ver, febre e náusea são sintomas de um monte de coisas... tipo gripe, uma infecção qualquer... enfim, coisas que muitas vezes não são nada pra se preocupar. Mas, no meu caso, podem ser sintomas rejeição também! Doido isso, né! De agora em diante, cada vez que eu tiver uma febrezinha qualquer, ou ficar enjoado, vai ser aquela nóia! Mas claro que, conforme for passando o tempo, a chance de meu corpo rejeitar os órgãos diminui... Mas eu sou um cara tranquilo, não fico rejeitando as paradas! heheheh 

                Mas voltando. Aí fiz os exames e essa manhã os médicos vieram falar que tava tudo bem comigo. E como amanhã eu teria que voltar aqui pro hospital de qualquer jeito, pra fazer uns exames que já estavam marcados, eles acharam melhor eu continuar aqui e ir embora amanhã depois dos exames. Aí vão aproveitar pra ver estudar melhor a quantidade de nutrição enteral que eu devo tomar por dia. Acham que isso pode ter sido o motivo do enjôo. De repente, a dose diária estava muito alta, era muita caloria. Outro possível motivo é eu estar bebendo menos líquido do que eu deveria. Eles falam que eu devo tomar 2,5 litros por dia! Meu, é muito! Isso porque eu não estou absorvendo direito as paradas, então tenho que beber bastante pra não rolar uma desidratação, que também pode causar náusea. Mas enfim, amanhã estou em casa. O que está sendo complicado aqui é ouvir todas enfermeiras fazerem a mesma piadinha “ah, você estava com saudades da gente e arrumou uma desculpa pra fazer uma visita, né!” Meu, não teve uma enfermeira que não falou isso... foda! E o pior é que você tem que rir... foi uma piada, né!
Um beijo pra todo mundo aí! Ah, se algum são paulino não quiser mais ser chamado de bambi, é só falar. O freguês tem sempre razão, né! Ainda mais um freguês que prepara o salão de festas pra gente! heheheh

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ooooopa!
                E aí? Acabamos de voltar de uma visitinha ao hospital... só pra não ficar com saudades! heheh. É que entupiu o tubo da enteral. E eu só vi isso hoje cedo quando acordei. Maior zica, porque fiquei a noite inteira sem a nutrição enteral... perdi um dia inteiro! Só quando fui levantar percebi que a mochila ainda estava com o mesmo peso, e quando abri, vi que a bolsa ainda estava cheia, com um litro, quando já deveria estar acabando! Aí ligamos pra vir uma enfermeira do home care aqui pra dar um jeito. E meu, o que ela usa pra desentupir o tubo? Coca-cola! hahah Realmente, Coca tem mais utilidade que Bombril né, desentope tudo! Sinistro, dá até medo dessa parada! heheh Ela encheu uma seringa, toda confiante... e nada! o tubinho realmente tava zoado! Então tivemos que ir pro hospital, já que não tinha outra coisa que ela pudesse fazer pra tentar resolver. E lá, a quinta enfermeira a tentar conseguiu desentupir. Sério, mandaram Pepsi dessa vez e nada. Parece que essa nutrição é um liquido bem grosso que, parado um pouquinho, já entope a via. No hopsital, a enfermeira que conseguiu chegou falando “é, você não vai acabar com minha invencibilidade, eu sempre consegui desentupir todos os tubos e tal...” heheh. E ela repetiu isso pra todo mundo que apareceu durante o processo! Falava brincando, mas dava pra sentir no fundo que era uma questão de honra pra mulher! Demorou, mas ela conseguiu! E saiu falando pras outras enfermeiras que não conseguiram “eu consegui, claro!”. Figura essa enfermeira!
                Antes de ir, nós almoçamos. Comi bem pouco, umas cinco garfadas, mas agora pouco comi uma banana inteira com mel (nossa, quando que eu ia imaginar que isso seria motivo de satisfação?! Eita porra!). Precisavam ver a alegria da minha véia quando viu que eu comi tudo! Tadinha, ela fica o dia todo pensando em o que fazer pra eu comer. Na verdade, qualquer coisa que ela faz é uma delícia, quem já provou sabe, não é esse o problema. O lance é falta de apetite mesmo, de vontade! Eu fico também pensando em coisas diferentes, mas nada me empolga. Pra se ter uma idéia, nem Taco Bell, meu! Mas com certeza minha mãe ajuda cozinhando tão bem!
                E olha, hoje eu estou descansado, viu! Nossa meu, dormi das 22h30 até as 10h! E tinha dormido o dia inteiro ontem! Como é bom dormir numa cama normal sem nenhuma enfermeira entrando pra tirar seus sinais vitais, dar remédio... nem falo da UTI, que consegue ser muito pior. E a mãe dormindo naquela cama gigante, depois de passar dias entre a poltrona da UTI e o sofá-cama super estreito do quarto. Dá até gosto de ver ela dormindo!
Aliás, outra coisa que já está mil vezes melhor é dormir! Antes, com aquela borseta, eu tinha que levantar de hora em hora pra esvaziar. E também, como eles me davam muita água na parenteral, eu tinha vontade de fazer xixi a noite inteirinha! Praticamente uma máquina de mijar! heheh Então era um saco, eu ficava levantando a cada hora toda noite! E também, só podia dormir em uma posição, que era virado pra direita. Dos outros jeitos, ou a borseta vazava, ou ardia a pele em volta dela. Meu, de verdade, esse último ano foi uma aventura dormir! Mas agora é sussa! Posso dormir em qualquer posição (só não testei ainda de barriga pra baixo, por causa dessa borseta nova... mas ela é só por um tempo, logo tiro), hoje só levantei pra fazer xixi uma vez, a borseta não encheu a noite inteira! E faz muita diferença uma noite bem dormida né. Hoje estou bem melhor, me sentindo bem disposto e tal. Ontem foi foda, tava num bode...
Mas um dia ou outro vou ficar meio assim mesmo, acho que não tem jeito. Até mesmo porque muitas vezes eu nem sei de onde vem o mal estar, pra então poder fazer algo pra evitar. Quando vou ver já estou meio mal mesmo. Ontem acho que foi porque tava cansado, tinha saído do hospital e não tinha descansado direito... Mas tem dias que é até meio estranho, vem um bode do nada! Acho que é isso que, quando eu cheguei a Indianapolis, a psicóloga quis saber quando perguntou se eu estava “preparado” pro transplante. E isso também que leva muitos transplantados a terem depressão... sei lá! É, porque é um lance doido, eu não sei explicar o que eu sinto essa horas, mas não dá vontade de fazer nada, de falar com ninguém, dá uma ansiedade absurda, difícil de trabalhar em cima. Ainda bem que eu sou lesado e vou indo... assim fica mais fácil heheh. O que eu tento fazer é não pensar muito nisso. Porque, as vezes, acho que as coisas acontecem e pronto, não é pra ser entendido... E, nesse tipo de cirurgia que eu fiz, mexem muito na harmonia do seu organismo né... de repente é isso. Mas quando percebo que não tem muito pra entender, ou como entender, tento pensar em outras coisas. Até porque a nossa racionalidade, muitas vezes, só atrapalha né! Essa “mania” de ter que entender tudo é a maior roubada, esse lance de ter que dar uma razão que encaixe na nossa forma de pensar o mundo... no fundo é só uma forma de se ver no controle da situação. E não é possível sempre, e nem necessário também né... o lance é perceber o que está rolando e aceitar, eu acho. Mas então, essas horas penso em outras coisas, como o que fazer quando voltar pro Brasil (adoro pensar nisso heheh), faço comparações com meu estado, as dificuldades antes da cirurgia (isso é muito bom também, dá um ânimo se perceber melhor, por menor que seja a diferença)... enfim, tem muita coisa pra pensar... qualquer coisa, eu ligo a TV ou pego um livro! heheh.
É isso aí! Um beijo pra todo mundo! Eu sei que tá ficando repetitivo, mas não posso deixar de agradecer! O que vocês falam que eu tenho de força e tal, na verdade são vocês mesmo! Vocês são minha força! Meio Star Wars essa frase, né heheh, mas é verdade! Valeu, de novo!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Faaala!
                Enfim em casa! Não é a casa que eu queria estar... ainda! Heheh Mas não é mais o hospital também! E deu uma sensação muito boa chegar aqui no nosso apezinho! Deixamos a parte mais chata pra trás! Agora é só ir melhorando e logo mais ir pra minha casa de verdade! Chagamos ontem aqui!
                Tirei o cateter da parenteral. Mas os caras falaram que iam me sedar e tal, pra eu capotar, mas nada. Deram umas injeções de anestesia local e boa! Mas sacanagem, porque falaram que iam me sedar, fiquei de jejum até as 16h, e chegando lá o cara me fala isso! E anestesia local é ruim, você sente tudo, o cara puxando, cortando e tal. Não é porque não dói muito que é sussa! Insisti na sedação com o médico, mas ele disse que aí só poderia ser feita amanhã, pois tinha que chamar um anestesista e tal. Aí desencanei né, preferi ir embora logo! Heheh Mas agora já tirou! Um tererê a menos!
                Hoje cedinho já tivemos que voltar ao hospital pra consultas. Acordamos as 6h30! Maior sono! Mas até que foi rápido, as 10h30 estávamos em casa. Voltamos segunda lá, aí pra ficar mais tempo... tem mais exames pra fazer. Quando voltamos já fui dormir. Dormi pra caramba, mas ainda estou com sono! Minha mãe está vendo alguma coisa pra gente comer. Não consegui comer hoje direito. No almoço dei só duas garfadas e fiquei meio enjoado. Vai ser um saco essa volta do apetite. Por exemplo, hoje eu não estou com vontade de nada, por mim não comeria nada, mas vou tentar comer um pouquinho, senão a mãe fica muito preocupada também, e do jeito que ela é, nem dorme direito depois!
                Até tem mais coisa pra escrever, mas hoje estou naqueles dias de preguiça, amanhã eu conto o resto das coisas!
                Beijão pra todo mundo! E, mais uma vez, valeu!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ooooopa!
                Agora confirmaram, amanhã eu tenho alta do hospital! Vai curintia!!! Vai ter completado 20 dias desde a cirurgia! E, antes de sair, vou tirar o cateter pelo qual tomava parenteral... fazia quase um ano que estava com esse catéter, meu! A parte ruim disso é que, agora, pra cada exame de sangue (desde que estou internado eles tiram sangue todos os dias... ou melhor, todas as madrugadas, as 4h da matina), eles vão ter que puncionar uma veia! A princípio, vou fazer dois exames por semana. Mas maravilha, porque tirando esse cateter, exclui o puta risco de infecção que ele representava né. Minha mãe que o diga, tadinha... sempre foi super preocupada com esse lance de infecção no catéter. Mas tem uma coisa que eu vou sentir falta aqui do hospital. A conexão de internet aqui é animal! Heheh! Sério, deu pra assistir o jogo contra o Flamengo perfeito, sem travar nem nada! No nosso apartamento a conexão é tosca.
                E hoje acho que exagerei no almoço... pedi uma pizza de peperoni, aquelas bem americana mesmo, estilo Pizza Hut. Comi praticamente inteira! E de sobremesa um bolo de chocolate barbárie, com recheio e cobertura de chocolate! Hehehe Isso fazia muito tempo que eu não comia, pqp! A pizza tava bem meia boca, mas o bolo tava animal! A noite vou mandar mais um x-salada! Ah, comida mais saudável eu como quando chegar em casa. Minha véia fez um monte de compra e tal, aí lá eu cuido melhor da alimentação. Mas eu estou fazendo certo na verdade, até os médicos falam. Porque o lance agora é comer o que me der vontade, pra trazer o apetite de volta. Depois, quando já estiver tendo fome, eu começo a comer coisas mais nutritivas e fáceis de digerir. Vai ser tipo quando tirei um pedaço do intestino, tranqüilo, na época já tinha acostumado com isso. E vou reclamar do que né meu! Pra quem não podia comer nada, o que vier é lucro!
A nutricionista veio aqui hoje. Ficou falando sobre isso, sobre as coisas recomendadas e as não recomendadas pra eu comer e tal... falou do tube feeding (que é como eles chamam a nutrição enteral). A partir de hoje vou tomar essa nutrição 12 horas por dia. Até agora estava sendo o dia inteiro. Mas isso vai durar pouco, logo eu tiro esse tubo aí também. É assim, eu preciso receber 2500 calorias por dia, pois perdi um bom peso nessa brincadeira. Aí eu vou receber 2000 calorias pelo tubo, e o resto vai vir do que eu comer. Conforme for absorvendo mais da comida normal, vai diminuindo... até tirar de vez. Sussa né! Eu falei pra ela, minha meta é chegar ao meu peso de antes de tudo isso começar, que era 73kg. Agora eu estou pesando 63kg.
Hoje o Rodrigo fez mais um exame daquele da camerazinha. Rola toda terça e sexta-feira (que serão os dias que iremos ao hospital depois que eu sair daqui). E disse que está tudo beleza. Toda vez que ele faz esse exame, tira um pedacinho micro do intestino pra fazer biópsia. É pra ver como está indo, tipo, rejeição ou algo do tipo. Mas nunca deu nada! Acho que esse doador era Curíntia também... aí já era né, de Curíntia pra Curíntia não tem erro, é só correr pro abraço! heheh
Acabamos de voltar de uma volta lá pelo térreo. Andamos bastante... pra mim né! E era uma parte do hospital que eu nem conhecia, cheio de esculturas e quadros! Eu tirei umas fotos pra por aqui! Mas fiquei bem sem fôlego... É outro lance da recuperação isso, trazer a força de volta. Mas tem que ser bem devagar, falam que eu não posso carregar muito peso, tipo, no máximo 2 quilos, senão dá hérnia na região das incisões.
Ah, e hoje completamos 2 meses aqui nos EUA! Acho que as coisas estão indo bem, estamos encerrando uma bela de uma etapa do processo amanhã. Está tudo acontecendo num ritmo bom, agora vamos ver como vai ser a partir de amanhã... Tomara que as coisas fiquem cada vez melhor, que é o que eu acho que vai rolar! E meu, parece que eu dei muita sorte... falaram que, desde que eu fiz o transplante, não apareceu mais nenhum doador de muitivisceral! Imagina, era pra eu estar até agora esperando!
Mas então beleza, o próximo blog já vai ser escrito de casa, do meu sofazinho na sala!
             E valeu os comentários, mais uma vez! E dessa vez teve um comentário mais que especial né, do meu pai! Valeu seu Loa! Fiquei muito feliz e emocionado quando li, e muito feliz mesmo por você ter gostado da minha homenagem à sua mãe... muito importante pra mim isso!
            Beijão pra todo mundo!
            Agora as fotos:
Essa é pra mostrar como é o hospital... eu acho bonito. A mãe gostou dos quadros...


Minha véia conversando no Skype... Ela tá toda internauta, meu! Jack, olha o escapulário que você me deu! Antes da cirurgia eu tirei e ela colocou, aí. depois que tirar o catéter, eu ponho de volta!


Uns quadros muito legais de mosaico que tem aqui no hospital!E a Santinha!


Essa foto é pra ver todos os quadros! Bem legal né! E minha mãe depois de um "faz uma pose ae minha véia!" heheh
  
Eu comendo minha pizza! E olha o bolo de chocolate!!! Tava animal!!! Amanhã eu coloco uma foto do x-salada que eu acabei de pedir! heheh


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Faaaaaaala!
                Eita meu, deixa eu contar dessa minha aventura gastronômica aqui! heheh É, porque depois de um ano sem comer, tá sendo uma aventura mesmo! Tudo é meio que novidade! No primeiro dia fiquei nos sucos só. Aí, anteontem foi aquela sopa da foto lá. Não tava ruuuuim ruim, sabe... mas não tava boa também. É que, apesar de o Rodrigo ter me liberado praticamente tudo, como eu disse nos posts anteriores, eu ainda tava meio assim... receoso, sei lá, preferi ir devagar. Aí ontem, pro almoço comi umas garfadas de purê de batata com um molho lá... só pra constar também, nãotava com vontade. No jantar, eu já comecei a me empolgar e pedi um fetuccini com molho pesto, que tava muito bom, mas eu também não tava com a menor vontade. Empurrei a comida mesmo... mais pra movimentar, fazer o sistema digestivo funcionar né... Isso começou a me preocupar, já que eu tenho que voltar a comer pra poder parar com a nutrição enteral, mas não sentia vontade de nada...
Mas essa agora vocês não vão acreditar! Acabei de comer um x-salada! Sério, e comi quase inteiro meu! Nossa, animal! Quase chorei de alegria enquanto comia! E se tem um lance que americano saber fazer melhor que qualquer um é hambúrguer né.... antes que queiram me corrigir, o transplante quem fez foi um brasuca, heheh! Mas sério, o que mais me deixou feliz foi que eu tive prazer comendo... e quando vi já tinha comido quase tudo. Aí achei melhor parar né! Mas meu, isso de comer e gostar de comer e continuar comendo sem sentir nada foi uma sensação muito boa! Fazia tanto tempo que eu sentia isso... Por um bom tempo achei que isso era um passado enterrado, dava uma angústia... e agora eu comi um x-salada! Mandei por até cebola... a Jack tá longe mesmo! heheh
Agora estamos nos preparativos pra ir embora. E uma coisa chata pra mim é a relação com a dor. Porque aqui no hospital o esquema é assim: tem o Oxycodom, que é um analgésico bem forte que eu tomo acho que a cada 4 horas. Eu posso pedir Valium também, mas evito ao máximo. E quando a dor dá umas pontadas muito fortes, aí eu posso pedir morfina, 6mg, a cada 3 horas.  Só que em casa eu não posso tomar morfina (sei não, acho que já escrevi sobre isso... aliás, eu sou meio lesado né pessoal, então, por favor, relevem qualquer possível repetição de assunto!), e esse Oxycodom, sozinho, não dá conta. Aí fica aquele lance, de ter que tirar a morfina aos poucos, pra eu ir acostumando o organismo. Mas na verdade não tem essa, o lance é acostumar com a dor mesmo, já que, sem dor nenhuma, só com morfina. Então fico negociando com os médicos, porque eles querem deixar só o Oxycodom desde já, nessa idéia de me acostumar, que está certo, claro. Mas eu não, enquanto estiver aqui, quero ficar sem dor. Eles entenderam, expliquei que ns minhas outras internações foi assim que eu fiz. Então ficou decidido que, quando precisar, eu posso tomar morfina até o dia que eu for embora. E o único remédio pra essa dor zerar é o tempo mesmo, não tem como, tem que esperar... normal né. Mas já está bem mais sussa, consigo andar com mais facilidade, fico quase reto... não todo torto, corcunda.
Falando em remédios, o mais importante é o Prograf, que é o imunossupressor, né, pra não dar rejeição. Não sei quantas miligramas, mas são 8 comprimidos por dia! Sem falar nos outros. É muito comprimido, de tempo em tempo eles vêm com um potinho cheio deles. A maioria eu acho que é por causa do efeito colateral de outro e tal. Tem um, que chama Cytogam, que é um imunossupressor que eu tomo uma vez por semana só. Esse é punk, uma hora antes de tomar, eu tomo 2 tylenol e uma dose de Benadril, que é pra alergia, só pra preparar o terreno! Doido né! E enquanto tá indo esse remédio (na veia, tipo a parenteral), as enfermeiras tem que tirar meus sinais vitais de meia em meia hora! São tantos remédios e recomendações, que eles te fazem assistir um filme, que explica um monte de detalhe. Tem um livro com todos os detalhes também e, por fim, um teste, com umas perguntas pra você responder... pra ver se aprendeu bem a lição! heheh Fiz o teste hoje. Mas quase todos os remédios são por um tempo só. Apenas o Prograf que eu tomo por mais tempo, talvez pra sempre.
O Rodrigo acabou de vir aqui. Ficou um tempo conversando comigo, falando de outros transplantes e tal. Falou de novo que eu posso comer o que quiser já... e é sempre muito bom ouvir isso, viu! heheh Aliás, ele falou que 70% dos transplantes multiviscerais do mundo são realizados aqui nesse hospital, ou seja, pela equipe dele. Barbárie, né! E falou também que, por eu ser jovem, é capaz de eu não precisar do Prograf pra sempre. Mas se precisar, numa boa! Qual o problema de tomar uns comprimidos... é, pensando bem, lesado do jeito que eu sou, é um probleminha sim! Heheh
Nossa, eu lembro de uma vez, quando eu tomava um monte de remédios, antes da última cirurgia (sem contar o transplante), eu colocava um despertador no celular pra lembrar né. E eu não sabia que a porra do alarme tocava mesmo com o celular desligado! Um dia fui numa peça de teatro da Helena, amiga da Jack. Meu, sentado na primeira fila, de repente começa a tocar o alarme! Puta silêncio no sala, um momento meio importante da peça e tal, e o celular tava na minha mochila, que tem 549867 zíperes e bolsos... foi foda! Muita vergonha, eu não achava o celular, aí eu saí da sala com a mochila né... Pô, podia ter rolado isso num cinema, sei lá, mas numa peça de teatro da amiga da sua namorada é sacanagem né! Viu só, como eu sofri esses anos que passaram! hahahah
Então beleza! E bom feriado pra todo mundo aí! Aqui finalmente passou o Halloween... Não agüentava mais ver abóbora com cara de mal. Tinha um canal de TV que deixou no canto da tela um lance “43 dias até o Halloween” desde que a gente chegou aqui nos EUA! Os caras realmente gostam da parada!
Minha mãe tirou umas fotos ontem. Mas não deu prapegr as "cores do outono" porque as árvores agora já tão meio peladas! Mas vai mesm assim!
Beijo pra todo mundo!
PS. Se tivesse umas 5 rodadas a mais no Brasileirão eu ganhava com certeza o Bolão! Por eu estar longe, acho que mereceria uns pontos a mais, dadas as dificuldades pra assistir os jogos e tal... Mas tudo bem, no Paulistão é nóis!

Esse é um jardim do campus da universidade. É cheio de jardins, todos muito bem cuidados.

Essa é uma escultura que tem no campus. Dú, essa foto é pra você fazer uma igual pra por na fazenda! Quero só ver!