sábado, 30 de abril de 2011


Faaaala,
                Então, vou continuar falando sobre a minha volta. Eu fiquei uns cinco dias curtindo esse retorno. Cada dia eu agitava uma coisa. Estava organizando minha vida aqui e tal. E estava num ritmo, numa pegada boa. Gostando da correria. Até que no dia 4 ou 5 de abril eu comecei a me sentir meio estranho, com febre e tal. Fomos então ao hospital Samaritano, onde fizeram vários exames e não encontraram nada. No dia seguinte, acordei muito ruim. Não queria saber de levantar. Quando a febre passou de 39, eu quase não conseguia andar pra ir ao hospital. O médico me viu e já me colocou pra fazer exames. Mas quando me levaram pra fazer a colonoscopia, eu praticamente apaguei. Minha pressão baixou demais, chegou a 5 por 2. Isso provocou um choque séptico e fui direto pra UTI. Era uma infecção braba! Quando avisaram meus pais, eles perguntaram sobre o risco, e os médicos falaram: “Acho que vamos conseguir tirar ele dessa”. Foda, né? Mas foram sinceros, parece que eu fiquei bem próximo de uma merda maior. Aí foi aquele lance, me encheram de coisa pra eu não ir pro saco! Vou te falar, viu, mal chego ao Brasil e já tenho mais uma “quase empacotada” pro currículo! Aí fiquei mais uns sete dias na UTI, uns quatro na semi-intensiva e dois dias no quarto.
Mas dessa vez, quando eu estava na UTI, eu barbarizei. Não lembro de nada, mas me contaram. Eu olhava pro nada e falava “olha, o Daniel”. Ou ficava falando “uma poooorta”. A melhor eu falei pra minha mãe: “mãe, quem sou eu?” E ela, assustada “você é o Renato Consoni... mas... porque você está me perguntando isso?” E o doido: “É que eu preciso me organizar, aqui!” heheheh. Ah, e eles colocaram dois cateteres no meu pescoço, né. Eu arranquei um com a mão, e quando o cara segurou uma mão, eu arranquei o outro cateter! Isso que é Curintia, fala aí! Heheh. Locão, meu! Eles colocavam aquelas máscaras pra eu respirar, eu tirava. Colocavam, eu tirava. Parece que eu dei trabalho pro pessoal! Xingava todo mundo, dizendo umas bizarrices! Falei pra eles, na próxima vez, grava! Eu queria ver essas cenas. Mas é que é engraçado agora... na hora, ficou todo mundo super preocupado, acharam que eu não ia voltar dessa loucura. Aí me deram uns lances pra me sedar, senão eu não parava. Então eu dormia direto. E não me lembro dessa internação, só a partir da hora que cheguei na semi-intensiva.
Bom, a partir daí foi aquela coisa chata de sempre. Eu não conseguia comer, nem andar. Na verdade, eu não andava nem até o banheiro (mas não vou me estender sobre esse ponto). Eu não conseguia ficar em pé. Culpa da noradrenalina que eu tomei. Serve pra levantar a pressão mais rápido, em casos mais... sei lá, delicados. Mas acaba com os músculos. Ainda mais no meu caso, em que eu estava ainda recuperando a forma. E dessa vez meu pulmão quase pifou. Ficou cheio de líquidos e tal, então eu tinha muita dificuldade pra respirar, perdia o fôlego toda hora. E pra dar o tempero final à internação, eu tive muito soluço. De ficar horas soluçando. Durou uns três dias, eu acho. Foi legal pácas!
Acho que foi a quinta vez que tiver que “reaprender” a andar e a comer. É, talvez, a pior parte do tratamento. Porque, pra dor, tem a morfina. É ruim, mas passa a dor. Agora, essa parte final de internação, em que eles precisam ver você comer e andar, é muito complicado. Sinto sempre aquela pressão. O mais difícil é voltar a comer. Aliás, já falei mil vezes disso no blog, eu acho. Mas é que passei de novo por isso! E me ajuda lembrar das outras vezes em que isso aconteceu. No sentido de eu confiar que eu vou conseguir. Porque, sério mesmo, no começo, você acha que não vai rolar, parece impossível. E, como que de uma hora pra outra, você está comendo razoavelmente. E com o tempo, passa a comer como antes. Andar é mais chato, mas mais fácil. É só andar, ou tentar andar, que uma hora volta. Rola um esforço, dá muita preguiça... Mas vai!  Semana que vem vou começar, ou recomeçar, a fisioterapia.
Depois que tive alta, foi aquilo que eu falei no último post. Saí na quarta-feira a tarde e, no mesmo dia a noite estava indo pra praia. Me ajudou muito na recuperação. Mesmo que, nos últimos dias, eu tenha ficado com uma dor de cabeça que não passou até agora! Fui ontem lá no hospital pra ver a causa, e nada. Fizeram tudo quanto é exame. Teve aquele legal de ressonância, de crânio no caso, em que você tem que ficar uma hora sem mexer, nem a boca! E evitar de engolir saliva. E não pode coçar o nariz, o que, claro, dá muita vontade, justamente por não poder. Tirando a trilha sonora, que é uma mistura de bateria de escola de samba ruim com britadeira! Mas muito, muito alto. E olha a instrução que a enfermeira me dá: “olha, você não pode dormir, hein!” hahahah. E ela estava falando sério! Teve um exame de tirar líquido da espinha, que é uma agulhada meio chata. Passei a noite de quinta pra sexta-feira lá. Mas não tinha quarto, então a gente fica numa sala comprida, com vários mini quartos (espaço pra uma cama e uma poltrona), divididos por aquelas paradas usadas em stands de feiras e tal, sabe? Impossível dormir. Galera falando alto, velho roncando profissionalmente, mulher que gosta de deixar o celular tocando bastante antes de atender... E o meu não dava nem sinal! Olha, uma beleza! Muito divertido! E tudo isso pra não achar nada que justifique essa dor! Agora estou em casa. Eu e minha dor de cabeça. Ela vai, volta, vai, volta... Mas não me esquece. Essa é companheira.
Um beijão pra todo mundo!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ooooba!
                Então, continuando de ontem. Na semana seguinte fiz coisas burocráticas, já que, praticamente, não existo mais aqui! Meu celular, sem ser usado, teve em dezembro uma conta de 1.500 reais. Não paguei e desde lá estou discutindo o lance com eles, a TIM. Cortaram tudo, só recebo e faço ligação. Os caras são muito cara de pau. Falam uma coisa nada a ver e ficam te enrolando, pra ver se você se cansa e paga. Mas eu sou mais chato que eles! Inclusive carta do Serasa já chegou em casa. Foda. E também não tenho mais carteira de motorista. Claro que não tenho culpa, essas multas não são devidas! Heheh. Preciso resolver isso no Detran. Além do meu lance no INSS, direito nosso, de todo mundo. Eita porra, e resolver todas essas coisas é muito chato! Ah, meus cartões foram bloqueados, o de crédito e o de débito. Maior saco! Ainda estou a resolver, como diria a Fernanda, mãe do João, meu pequeno e inspirador amigo português.
        Eu estava falando de quando cheguei e tal. Mas comecei esse primeiro parágrafo ontem, já que não tenho internet aqui e não tenho como publicar. Assim, escrevi um pouco e fui dormir. Só que agora preciso pular uma parte meio grande, cronologicamente, pra falar de hoje. Depois continuo. Então, hoje é sexta-feira da paixão. E, pois é, é triste, mas agora estou na praia! Praia do Engenho! Eu, Dudu, Ligia, Andrea, Daniel, Stella e meus pais. Foi de susto, decidimos na quarta-feira, deu certo, e viemos. Depois conto o que rolou antes. Mas foi animal, saí do hospital e, no mesmo dia, vim pra praia. Recomendo! Melhor tratamento pra alguém em recuperação. De qualquer coisa. O Dú e a Ligia já foram embora, ele tem que trampar amanhã. É 1h30 da matina e estou aqui conversando com o Daniel. Agora são 3h. Mas hoje foi demais. Fazia tempo que não tinha um dia desses. De verdade, foi sensacional, uma delícia. Um dos melhores dias da minha vida.
       Hoje eu entrei do mar! Mergulhei, de ficar quase uma hora nadando e tal. Depois ainda peguei um sol do bom. Puta energia! Aquilo é melhor, até fisicamente falando, do que qualquer remédio, ou outra forma de tratar o corpo. Nossa, há dois, três dias, eu não conseguia ir até o banheiro. E estava no mar, não cansado nem cansando, me sentindo muito, mas muito bem, uma puta energia! Fiquei impressionado quando saí do mar, menos cansado do que quando entrei. O mar é mesmo muito forte. A recuperação que ele gera, em todos os aspectos, são nítidas. O tanto que ele me deixou mais bem disposto, e, literalmente, mais forte, eu não conhecia da forma que conheci hoje. Foi fantástico! Depois ainda peguei o sol mais do fim de tarde, que é sussa. Foi uma sensação muito boa. Fazia dois anos e dois meses que eu não entrava no mar. É difícil descrever. Mas foi umas das melhores sensações que tive na vida. Estar na praia, só sentindo a brisa na cara e, principalmente, entrar no mar era algo em que eu pensava demais. Sonhava e desejava demais! Ainda por cima com essas tantas cenas que vemos na tv, era impossível não desejar muito um mergulho.
Um dos médicos que me trataram me disse um dia, bem assim: “Você não mais vai poder entrar no mar. No máximo uma piscina, até a altura da cintura.” “Você está dizendo o que? Que eu nunca mais vou poder entrar no mar?” “Sim!”. Quase mandei tomar lá mesmo. E sem nem dizer “infelizmente”. Muitos médicos parecem não ter muita noção do que significam suas palavras para o paciente. Senão não falariam muitas coisas que falam. E não deixariam de falar coisas que deveriam falar, também. Bom, mas enfim, esse médico estava errado. Vou entrar ainda muitas vezes no mar. Muitas vezes. Espero que vocês não acreditem em tudo que seu médico diz. Nossa vida é nossa. Somos nós que morremos e nascemos. Não existe vilão, nem mocinho, que possa nos salvar, nem matar. Só nós mesmos. Isso é que é importante ser mais difundido entre os médicos que têm contato direto com o paciente. Eu acho. Os tornaria menos apegados a sua opinião técnica, as informações e tal, sei lá.
Voltanto. E também, hoje era 22 de abril, aniversário da minha mãe! Rolou, depois, um puta risoto de frutos do mar, um bolo delícia. Foi um dia muito bom, viu. Ah, era isso que eu queria falar sobre hoje. Isso de me perceber melhor, e com tanta diferença em relação a poucos dias. E, também, em relação a muito tempo. Hoje eu estava exatamente onde eu queria estar no momento perfeito. A praia, os pés na areia, a brisa, a água do mar te limpando, purificando. Depois de tanta coisa, estar numa situação daquelas. Eu quase explodi de energia boa. De verdade, é um estado difícil de descrever. Sonhei muuuito tempo com esse momento, e ele foi melhor ainda do que eu poderia imaginar. Pensei se foi por causa da vela que acendi pra Iemanjá, ontem a noite na praia. E eu nem pedi nada, só agradeci a Iemanjá, só isso!
           É isso aí, esse post virou só uma forma de dizer que hoje foi um dos melhores dias da minha vida! E não falem que eu mereço. Todo mundo merece, é o direito que temos todos de ser feliz. É pra isso que a gente está aqui, não é? Sempre atrás da felicidade total, plena. Isso que é evoluir, eu acredito. É chegar o mais perto possível dessa plenitude do êxtase, da felicidade pura e constante. Bom, é isso aí então.
                Beijos, e ainda muita saudade de todo mundo!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Faaaaaala!
                Bati recorde de ausência dessa vez pra, né! Nos primeiros dias foi porque não parei. Imagina, depois de tanto, estar de volta ao meu lar doce lar! Rs. O primeiro dia nem dormi. Fiquei acordado a viagem inteira (muito cansativa, já que quanto mais escalas, mais barato o ticket heheh). Aliás, depois de passar por aeroportos americanos animais, fiquei com vergonha do aeroporto de Galeão, no Rio! Meu, o que é aquilo? Fiquei imaginando os gringos chegando pra Copa! Mal tem lugar pra sentar, pra comer... Sério! E os caras querendo fazer Olimpíada! Meu deus, que dêem jeito senão vamos passar muita vergonha grande, e com razão, sem poder mandar eles a merda! Ah, e foi o único aeroporto em que cobra-se pra usar a rede de wireless! Absurdo! Não é por mal, mas é que fiquei assustado por ser o aeroporto internacional do Rio.
                Bão, depois que chegamos aqui foi muita, mas muita alegria. Só de entrarmos no avião... Chegamos na hora do almoço e o meu velho foi nos buscar. Quart- feira, hora do almoço, não tinha como ter mais alguém esperando, né. Por isso que, antes, eu queria voltar num final de semana. Eu tava querendo festa, ver todo mundo logo e tal. Mas, depois da última vez, eu queria é chegar aqui, o dia que fosse!! Aí, quando meus pais se encontraram foi muito bonito! Eu estava uns passos a frente da minha mãe, mas fiquei no vácuo, claro. Competir com a velhinha, não dá! Eles se abraçaram forte por uns trinta minutos, choraram e tudo mais! Foi legal, muito lindo, eu achei! Em casa encontrei a Jack e fiz a minha sessão esmaga com ela! Aí fomos logo comer a primeira refeição brasuca, uma massa no América. Meio óbvio o porque não comi um cheese burger, né! Depois fomos pra casa e, mais tarde, fui num barzinho com a Jack, depois de sei lá quanto tempo, A gente nem acreditava! Ela ficava boba me vendo comer! Aliás, baratinho lá. Cinco chopps garotinho, uma porção de lula, e duas águas: 70 reais!
                Eu estava meio eufórico, até! Queria ver e fazer tudo ao mesmo tempo! Dia seguinte fui conhecer a Marina, filha do João e da Clau. Linda! O preá tem muita sorte. Ele, com aquela cara de bobo (desculpem Leonel e Lucila, mas opinião de pais e mulher não vale!) ter uma filha lindinha, toda esperta é praticamente um milagre! Assim, sempre achei a Clau muito bonita, mas pra sair uma bebê bonitinha dessas com o João... Fala a verdade Claudete, você teve um momento de bom senso, deixou o João em casa e foi encomendar a Nina, vai! Pra levar os Prata pra frente tem o Miguel, o Leo... É, porque o imbecil Buzudo com suas toneladas de carne localizadas na região entre o queixo e nariz (não sei que nome dar aquela coisa), não rola! Pensei agora, vou chamar o buzudo pra tudo quanto é churras. Se acabar a carne, é só fatiar um pedacinho e pronto, recomeça o churras, e com fartura! Heheheh Confesso, eu adoro zuar essa família. Não que eu tenha feito algo além a apenas constatar fatos, faço questão de deixar claro!
                Vou dormir, ainda estou meio lesado e é meio que um esforço escrever. Digo escrever certo! Esse foi mais pra dar um oi! Depois conto a saga desses últimos dias! Só queria antes agradecer à barbárie, que organizou um churras de boas vindas pra mim! Foi muito legal! E o melhor, não gastei nada! hehehe Ah, e fui semifinalista na sinuca! Não, não importa quantas duplas estavam participando! heheh Valeu, seus imbecis!
                Beijo proceis, espero dar, logo mais, um abraço e um beijo em todo mundo!