domingo, 25 de setembro de 2011

EPOPÉIA 19

Opa!
                É o seguinte: quando a Stella leu o ultimo post do blog, ela me mandou UMa mensagem. Eu gostei muito dela ter falado/escrito isso, então vou publicar aqui. Acho legal essa visão dela e das pessoas que viveram isso junto comigo, bem de perto. Porque muito do que eu conto das horas em que eu estava “longe”, foram essas pessoas que me lembraram, ou contaram o que eu nem sabia pra lembrar.. Enfim, vou reproduzir abaixo essa mensagem da Tetuditchous, que na época era filha e irmã. Agora é filha, irmã e mãe! Heheh. É que eu estava viajando nisso, esses dias... Assim, você nasce e é filho, no máximo irmão. Depois vai acumulando funções, né, vira mãe/pai, depois avó/avô... E vai indo, até onde você aguentar! heheh
“Li seu blog. Essa parte da epopéia foi foda. Dá até arrepio de lembrar. O Fabio mostrando pra genteo raio-x do seu corpo e mostrando o que o tumor tinha tomado. E falava da única solução, que era tirar o intestino. E você apagado.
                E lembro da gente no escritório do Paulo Hoff, ele dando três alternativas: não fazer nada; tirar o tumor, o intestino e o que o tumor tomou, imediatamente; ou te acordar, e esperar todo aquele processo da droga sair do seu corpo, pra você ganhar consciência e a gente te perguntar o que você preferiria fazer: nada ou tirar o tumor e tudo o que viria junto.
                A gente saiu da sala e discutiu, tentando adivinhar o que você preferiria. E você lá, apagado, vomintando verde, bem mal. A gente decidiu que não faria sentido te fazer acordar e ganhar consciência, porque isso demoraria pelo menos uma semana. E você não agüentaria, você estava muito mal.
                Nesse dia, ou no dia seguinte, eu consegui dormir com você no quarto. Foi difícil, mas eu ganhei da mãe. Voê passou muito mal, dava medo. Eu ficava lá em pé, ao seu lado, segurando sua mão e chorando. Enxugando  seu suor. Você suava bastante.
                Você parecia estar piorando. Até que o Fabio apareceu, de madrugada, e me viu lá, chorando e enxugando o seu suor, e você vomitando verde. E eu disse: ‘opera ele, logo’. Ele respondeu: ‘é a decidão da família?’. A gente tinha meio que decidido operar logo, eu lembro agora. Mas ainda na dúvida se devia ou não te acordar. Minha opinião era de não fazer você acordar. Eu tinha certeza de que você escolheria a mesma opção. Eu respondi a ele que sim, era a decisão da família. Na manhã seguinte bem cedo, ou depois de algumas horas, teve uma reunião com o Fabio, o Paulo e time deles. No mesmo dia, eu acho, a noite, se não me engano, rolou a cirurgia.
                Eu já tinha adiado minha passagem de volta. Falei com meu chefe pra tirar mais uns dias. Mas o dia que eu marquei a volta coincidiu com o dia da cirurgia. Foi foda, você estava sendo operado e eu no avião. Foi foda. Eu me arrependi muito de não ter adiado mais uma vez a passagem. Quase fiz uma cena de filme, quando estava todo mundo a bordo, o avião prestes a decolar, eu quase falei que queria desembarcar! Foi foda!”
                É isso aí! Minha irmãzinha contando o que eu tinha contado, através de um outro ângulo muito importante. Depois eu continuo a Epopéia.
                Ah, e agora vou colocar mais umas fotinhos do meu sobrinho Cauê!

Vovô conhecendo o neto... Olha a cara dele!

Stella com cara de Stella! Ainda na maternidade.

Quando soube que o Coringão perdeu a liderança, gritou, xingou todo mundo... Ficou puto!

2 comentários:

  1. Renas querido, tenho curtido seu blog e feito meus comentários, mas na hora de postar, nada. Vamos ver se esse 'bilhete' vai... mil beijos.

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  2. Renas, impossível cansar te ler. a visão da Stela mostra também como foi gigante a parada. siga firme e forte meu camarada. abraços babilônicos.

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