domingo, 27 de março de 2011

PARTE 6

Faaala!
                Hoje foi mais um dia tranquilo. Saímos a tarde pra dar uma volta, mas ficou por isso mesmo. Comi bem, rango de primeira da minha véinha, pra variar. Enfim, está tudo certo! Melhor do que está, só voltando pro Brasil! Heheh
                Vou aproveitar pra continuar o assunto. Agora eu concluo! Então, eu estava nessa pegada de ir atrás de conhecimento, contatos e qualquer coisa que me ajudasse a “entrar” no Terceiro Setor. Mas as constantes internações, a rotina toda torta, enfim, a dificuldade em me programar, impediam de concluir qualquer plano. Acabei ficando mais em casa, nesse ano. Era difícil seguir, mas eu ia indo com a cabeça. O que eu mais pensava era em que eu gostaria de trabalhar, em que tipo de instituição. Claro que logo pensava em trabalhar com saúde. Mas, em seguida, concluía que não importava a área de atuação da instituição. O que importava era começar a trabalhar. E por estar, praticamente, mudando de área, eu não podia, naquele momento, querer escolher muito. Tinha que abraçar qualquer oportunidade.       
                Mas agora tenho pensado um pouco diferente. Tive uma experiência muito forte. Esses últimos meses aqui nos EUA me fizeram ver muita coisa. Eu não acho que deva simplesmente entrar em qualquer área de atuação. Eu tenho, como já disse, de usar isso tudo. Não posso viver isso, perceber tudo o que percebi em relação ao tratamento de saúde, e deixar pra trás, como uma experiência pessoal. Esssa parte pessoal já se estabeleceu. Com ela, vou aprendendo a cada dia. Mas quero usar pra fora! Sem querer dar uma de, sei lá, pretensioso, mas eu acredito, sim, que possa servir pra outras pessoas.
                Eu quero usar o que eu vi, na prática. Proporcionar as soluções que foram tão importantes no processo que estou ainda terminando de viver. Meu sonho é ter uma instituição, na qual eu tivesse as ferramentas pra isso. E muita gente faria bom uso dessa ajuda. Gente como o Jimmy, que não tem estrutura nenhuma. Nem alguém pra dizer pra ele não fazer besteira. Ou ajudá-lo a não fazer.
Então, por exemplo, eu tive meu pai pra me ajudar a resolver todo tipo de burocracia. Ele é um advogado. Sabe de todos os meus direitos, em todas as esferas. E sabe os caminhos pra brigar por eles. Mas e quem não tem essa sorte de ter um pai advogado? Essa seria uma das formas de ajudar. Ter um advogado pra prestar esse auxílio aos pacientes. Tinha meus irmãos e a Jack, que me davam apoio emocional, psicológico... Conversavam comigo, me ouviam, davam conselhos. Empurravam quando eu estacionava, e me seguravam quando eu estava na direção errada. Enfim, seria o caso de termos uma equipe de psicólogos, assistentes sociais. Claro, o amor e o carinho que eu recebi é difícil, não nasce de um dia pro outro nas relações. Mas é importante chegar a quem precisa a sensação de proteção, de ter pra onde correr.              
Em relação a minha mãe, que também sempre ajudou com apoio e conselhos, daria pra proporcionar a parte dos cuidados dedicava a mim. Quero dizer os cuidados com a parenteral, com o cateter. Seria como a parte de enfermagem. E é muito difícil, pois tem perigo de infecções sempre. Mas o importante é ser bem diferente do serviço que a gente conheceu das enfermeiras do home care! Aquilo é bisonho! Tivemos que aguentá-las até “autorizarem” minha mãe a fazer toda essa parte de mexer na parenteral, dar remédios endovenosos e tal. Ainda bem que minha véia foi ligeira! Isso merece até um capítulo a parte. Só pra falar desse home care!  Não sei onde elas fizeram curso de enfermagem! E era o melhor serviço de home care, indicado pelo Sírio! Enfim, minha mãe, além de ser essa mãezona, de tudo que eu já falei, sempre foi muito cuidadosa com essas responsabilidades. Ao mesmo tempo em que se preocupava em tornar esses momentos de tratamento, os mais suaves possíveis!
E isso é muito importante! Que todos esses serviços sejam mais humanos. Essa seria a diferença. Eu sei onde o bicho pega pra quem sofre nessas situações. Por isso que fico até meio ansioso. Eu queria estar em contato com as pessoas que vivem esse dia a dia. Do lado do paciente e de quem cuida deles. Acho que, por ter estado tanto tempo do lado de dentro, eu poderia ajudar muito quando estiver do lado de fora.
Mas, enfim, isso são idéias que eu tenho. Por isso que falei de cada pessoa que me ajudou. Quero dar essa ajuda também. Seria muito legal, um orgulho muito grande! E eu estaria tendo um trabalho que me daria prazer!
É isso aí! Um beijo pra todo mundo!

3 comentários:

  1. "Preocupação com a felicidade e o bem estar alheio"

    Essa é a definição,segundo o "Aurélio",para a palavra ALTRUÍSMO .
    Vc é um altruísta!
    Falei e disse!!!

    Fiquem com Deus!bjs e abs!
    Kamila

    ResponderExcluir
  2. e isso renato como diz o velho ditado "qto mais voce dá mais voce recebe " voce vai longe... beijos a silvia e a voce regina celi

    ResponderExcluir
  3. Renas,

    Estamos aqui, no aguardo.

    Não é pra gavar o toco não, Billy-Billy, mas a Ká já disse tudo. Só me resta repetir: o caçulinha da Santinha É Um Exemplo De ALTRUÍSMO.
    É a palavra que faltava, querido.

    Com Deus. Muitos beijos.

    Tia Rosa

    ResponderExcluir